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  LIVRO PUBLICADO HÁ 250 ANOS É LEMBRADO NA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS  
   
 

Os 250 anos da publicação de Júbilos da América , livro que reunia textos dos membros da Academia dos Seletos, foram lembrados em mesa-redonda na Academia Brasileira de Letras, no dia 12 de agosto.

A mesa teve como palestrantes o historiador Arno Wehling, o professor Paulo Roberto Pereira, o arquiteto Nireu Cavalcante, o Secretário de Cultura do Estado e acadêmico, Arnaldo Niskier, o acadêmico Evanildo Bechara e o presidente da Academia, Ivan Junqueira.

O livro Júbilos da América é uma antologia em prosa e verso, que reúne 30 textos de autores brasileiros e portugueses, membros da Academia dos Seletos. Foi publicado em Lisboa, em 1754, dois anos após o primeiro e único encontro da Academia, que foi criada para homenagear o governador das capitanias do sul, Gomes Freire de Andrada.

O governador tinha sido promovido a comissário da demarcação dos limites meridionais americanos fixados no tratado de Madrid e era um homem de prestígio perante a côrte e comerciantes. A nova Academia seria uma forma de reafirmar o prestígio e a legitimidade do administrador da capitania.

Com prestígio político e econômico, adquiridos com a transferência da capital brasileira de Salvador para o Rio, a cidade passou a ser o pólo cultural da colônia, assim, a criação da Academia dos Seletos reforçaria esse novo perfil da capital.

O arquiteto e professor Nireu Cavalcante, autor do livro O Rio Setecentista, citou algumas das benfeitorias que o governador trouxe para a capital, como o Convento d'Ajuda e a reforma do aqueduto da Lapa. “Ele foi muito político, agradou à monarquia, à Igreja, aos intelectuais e aos comerciantes”, comentou.

Segundo Paulo Roberto Pereira Júbilos da América teria sido uma “barulhenta orgia de elogios”, que religiosos, homens da lei e militares escreveram para mostrar ao monarca de Portugal que Gomes Freire tinha uma boa aceitação no Rio de Janeiro.

Já para o presidente da Academia, Ivan Junqueira, o livro apesar de ter uma linguagem seiscentista e arcaica é uma fonte inesgotável de histórias do século XVIII.

Estavam presentes no evento os acadêmico Alberto da Costa e Silva, Nélida Piñon, Antônio Carlos Secchin e Cícero Sandroni.

 
     
     
 

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