SACIEDADE DOS POETAS VIVOS DIGITAL - VOL. 5

MARIA HELENA BANDEIRA (Bárbara Helena) - Carioca, formada em jornalismo, artista plástica, professora de desenho, pintura e História da Arte, participou dos mais importantes salões do país e uma Bienal Nacional. Escolhida para um documentário da TV alemã sobre jovens artistas brasileiros. Trabalhou também como ilustradora de livros e de um teste de terapia comportamental. Deixou tudo para escrever. Tem mais de vinte prêmios no Brasil e em Portugal. Entre eles: Menção especial da União Brasileira dos Escritores por livro de poesia inédito, Conto Brasileiro do Mês da revista Isaac Asimov Magazine, vencedora do Concurso de mini-Contos do site português Simetria. Finalista do V Fest Campos de Poesia Falada e do I Festival Aberto de Poesia Falada de São Fidelis. Publicada na Blocos, como melhor da quinzena desde 2001. Escolhida pelos leitores como uma das dez melhores na categoria prosa em 2003. Membro da Oficina de Escritores, participa do site  Anjos de Prata, e dos livros Crônicas dos Anjos de Prata desde 2001. Seu conto O Especialista foi indicado para o prêmio Argos 2002. Colaboradora da revista Scarium de Fantástico e FC e do projeto Slev com dois e-books publicados. Escolhida em 2006 para a antologia portuguesa de fantástico Antoloblogue. Sobrinha-neta do poeta Manuel Bandeira, o que não é garantia de qualidade, mas explica seu imenso amor pela palavra.
Blog pessoal: http://www.ovoazulturquesa.blogspot.com

Contatos: mhelband@ibpinet.com.br
Página individual de poesia em Blocos Online
Página individual de prosa em Blocos Online


           Madrugada malaia

Em algum lugar anoitece

Abajur grená

     

           Mastigando na noite

Sombra de palavras

Anjos

 

MADRUGADA MALAIA

Na Malásia faz frio
Quando chovem pardais
E os sustos de amanhã dormem ainda
Seus lentos
Suspiros

Na Malásia tem gente que acredita
Em brincos de jade amarelo
e faisões tropicais
Ainda meninos

Na Malásia cultivo cisnes vermelhos
Que em junho viram girafas de duas cabeças
e em dezembro sorriem.

Na Malásia é domingo
todos os dias da semana
E de vez em quando neva
Dentro de casa.

Na Malásia todos os pardos são gatos.
todos os negros são lindos
Todas as noites são minhas

Na Malásia políticos são corvos
Devoram carniça nas praias
e vomitam
lindos poemas de amor
sem nenhum sentido

Na Malásia todos os crimes
são capitais
de paises imaginários.

Marcos Freitas

Maria Helena Bandeira

 
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