SACIEDADE DOS POETAS VIVOS DIGITAL - VOL. 7

SIDNEI OLIVIO - Nascido em São José do Rio Preto, SP. Biólogo, exerce a função de Auxiliar Acadêmico do Departamento de Zoologia e Botânica do IBILCE-UNESP, desde 1985. Tem dois livros de poesias editados em co-autoria (“Zoopoesias”, 1999, Ed. Rio-pretense e “Poesia Animal”, 2003, Ed. Sterna) e um livro de contos editado em co-autoria (Mutações, 2002, Ed. Scortecci). Participou ainda em mais quinze livros de coletânea, sendo os principais Leituras de Brasil, 2001, Ed. da UNESP e Petali d'Infinito, Accademia Internazionale Il Convivio, Itália, 2002. Tem publicações em vários sites de literatura e em três e-books de poesia infantil e poesia minimalista. Recebeu vários prêmios em concursos, dentre eles, 4º lugar no Mapa Cultural Paulista 2000 (modalidade poesia), Accademia Internazionale Il Convívio, Itália, 2002 (Prêmio de Edição) e Prêmio Estímulo “Nelson Seixas”, em 2006, na categoria musical (cd “Palavras Cruzadas”).
Blog: http://www.zoopoesia.blogger.com.br

Contatos: olivio@ibilce.unesp.br
Página individual de poesia em Blocos Online
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           Engenharia humana

(Me perdoe ela disse)

(Espero que gostes da manhã:)

     

           (Agora eu entendo)

Voyeur

O que era doce se acabou

 

o que era doce se acabou

você me pede um poema
e o papel acabou
você diz que ainda me ama
e aquele tempo passou

você não me procura mais
você reclama se inflama
e ensandece
você já não é o que parece
e o nosso amor morreu na chama

o nosso amor era uma flor
murchou
o nosso amor era um ardor
michou
o nosso amor
que pena

o nosso amor cansou de ser: será?
o nosso amor gorou: sei lá!
o nosso amor se queimou
no sertão do Ceará

o nosso amor amoreceu
no pé de uma árvore
apodreceu
o nosso amor adormeceu
agora é tarde

o nosso amor pirou
se afogou no mar de Ipanema
que pena

eu me conformo me contenho
eu confesso:
o nosso amor transfigurou
na tela do cinema
evaporou (que pena)
no verso ausente
de um poema:
que pena!

Sidnei Olivio

Soninha Porto

 
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