SACIEDADE DOS POETAS VIVOS DIGITAL - VOL. 10

JANIA SOUZA - Potiguar de Natal/RN, Brasil, poeta, escritora, artista plástica, sócia fundadora da Sociedade dos Poetas Vivos do RN, pertence ao quadro de sócios da UBE/RN, AJEB/RN, APPERJ, Clube dos Escritores de Piracicaba. Organizou 6 volumes da Antologia Literária da SPVA/RN. É Delegada Regional da APPERJ e Representante do Movimento aBrace em Natal/RN. Participação em coletaneas nacionais e internacionais (participa do volume 5 e no volume 7 da Saciedade dos Poetas Vivos - Digital) e em várias exposições de artes plásticas coletivas com 02 individuais em 2007 e 2008. Publicou em 2007, Rua Descalça, poesia; em 2009, Fórum Íntimo, poemas e Magnólia, a besourinha perfumada, infantil, lançados na 55a. Feira do Livro de Porto Alegre/RS, na Livraria Siciliano em Natal/RN e na Livraria Espaço em Maringá/PR.
Site: http://www.spvarn.org
Blog: http://www.janiasouzaspvarncultural.blogspot.com

Contatos: janiasouza@uol.com.br
Página individual de poesia em Blocos Online


           Sabor de beijo

Passos no tempo

Diversas faces do beijo

     

           Ecos da agonia humana

De passagem

Beijo

 

Ecos da Agonia Humana

Viva a República
fratricida
desdentada
de idéias, de ideais
sem laços com o futuro
mergulhada
no abismo do passado
esse inerte moribundo
desafiador do presente
negador do futuro.

Que será da poesia
desfraldada na liberdade?
sem flores
sem camisa
sem foice
sem beijo molhado de pobre ou ricaço
sem sorriso de esperança
espuma hidratante das massas.

Ah! Pomba alvissareira
esconde-te muito além
do horizonte.
Meus dedos não tocam
teu voo
pétalas de quimera
espargidas sobre a fé de teu povo.

Teu voo, partido choro de criança
nascido nas org ivas diabólicas
com que os homens cobriram
Hiroshima e Nagasaki
são eco eterno de Sodoma e Gomorra
escarro do anti-Cristo sobre a humanidade.

Silentes estão os sinos do Tibete.

Da Macedônia à Babilônia
ressurgiram os mortos dos túmulos
crucificados com coroa de espinho.
Sobre o alicerce de antigo e sagrado templo
oculto
a cúpula de ouro
levanta a lança
traspassada pela mortal profecia.

Jania Souza
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Jania Souza

 
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