SACIEDADE DOS POETAS VIVOS DIGITAL - VOL. 11

JAYME BENASSULY - Nascido em Belém do Pára em 03/05/1955. Graduado em química, com formação em Conselheiro para Dependentes Químicos. Entrou na Petrobrás onde se aposentou. Viveu sua infância entre Belém e Soure, na ilha do Marajó, onde passava os feriados e férias na casa que foi do seu avô cujas paredes da sala de jantar eram repletas de poesias escritas por sua avó Maria Eulália, que as publicava com o pseudônimo de Enólia. Aos treze anos sua família transferiu-se para São Luiz do Maranhão, onde estudou no Liceu Maranhense tendo participado do Grêmio Literário Clube Cultural Liceista. Aos dezesseis anos seguiu para Rio de Janeiro, onde terminou seus estudos. No Rio, nos anos 70, participou de grupos de poesias etc. Em 1992 conheceu Leila, Urhacy e Mônica. Participou ativamente do circuito de literatura alternativa sendo publicado em vários jornais (Jornal Blocos, inclusive). Entre os anos de 1991 e 2000 foi colunista semanal, com duas colunas do jornal O Debate, de Macaé, alem de colaborar com a publicação do jornal literário Artenativa, de Fernando Marcelo. Em 2001 transferiu-se para Niteroi morando em Icaraí e em 2005 retornou as raízes em Belém do Pará onde vive atualmente, trabalhando como terapeuta holístico. Possui dois livros publicados: Vitrines, Onde Anda o Amor, participa de diversas Antologias, inclusive da Saciedade dos Poetas Vivos impressa (vol. III e VII). Tem um projeto em andamento; o livro O Amor em Sacrifícios, lançamento previsto para breve, e colabora com diversos sites na internet.
Blog: http://jaymebenassuly.zip.net

Contato: benassuly@hotmail.com

Página individual de poesia em Blocos Online


           Entardecer

(A viagem que faço agora)

Solidão

     

           Frenesi

(Meus fantasmas)

(Sonhos são mares)

 

ENTARDECER

A beleza que me envolve como água,
banha os meus olhos
com magia do entardecer.

Com nuanças púrpuras,
lacrimeja meu coração.
Brisa que alisa meus cabelos;
são santos das nuvens
– pássaros cansados voltando para casa.

À contra-luz o barco desliza
rumo ao porto, outro parte
ansioso pela volta.

O azul virando sangue
vermelho lágrima de saudade.

Pescadores deixam tristes as amadas
– cachaça.
No ritmo do motor-de-popa
seus corações choram.
Saudades...

Luzes ao longe,
respingam a escuridão
que se abate pela cidade.
Pingos de vida escorrendo
por artérias latejantes

Entardecer – melancolia
no coração do homem,
reflexos de luz
brilham na calmaria.

Jania Souza

Jayme Benassuly

 
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