SACIEDADE DOS POETAS VIVOS DIGITAL - VOL. 11 |
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MARLENE ANDRADE MARTINS - Nasceu em Belo Horizonte e morou em vários Estados. Divide residência entre EUA e Brasil. Participou de movimentos estudantis e feministas. Dedica-se a uma associação de brasileiros na Univ. de Indiana (EUA). Viajou por quase toda a Europa, América do Norte e do Sul, Caribe, Ásia e África. Curso Superior: Letras Neolatinas. Cursos de extensão: Literaturas Lusófonas Africanas, Teatro Brasileiro, Bases Filosóficas da Ciência Política. Livros: O Sentido Comum das Coisas (1992) e Sonhos de Vitrines (1993). Participação: Cronistas de Brasília (DF), Dreams and Curiosities e Chiricú (USA), Theatre Of The Mind (Londres), Rev. De Divulgação Cultural da FURB, entre outras. Ref: Dicionários de Literatura de Nely Novais Coelho, e de Napoleão Valadares. No prelo: Dédalus, Sóscopos, Sonetos do Ego, Cantoneiras Coloridas. Participa da Saciedade dos Poetas Vivos Digital, vol. 4. |
Só queria mesmo um simples poema,
tão belo quanto você.
E fico esperando as tuas estórias,
que sei que foram tantas!
Em sacudidelas ao passado,
futrico teu baú, em vão.
Tudo parece que foi-se
como água em redemoinho
centrifuga-se e some.
Também as fendas que engoliram as águas
não sabem de suas estórias.
Agora não me entornes aflições angustiadas,
já tenho as minhas.
Só vim mesmo saber do tempo em que a lua te sorriu,
ou se também silenciosamente acolheste o brilho
cristalino do orvalho nas gotas que dormem entre as pétalas.
Ou quem sabe, só mesmo buscar os respingos da pouca chuva
salpicados na poeira fofa.
Gauguin, Renoir,
Dante, Cervantes,
Mozart, Chopin,
Baudelaire, Pessoa:
Desculpem-nos a poeira.
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