O sonho do escultor

à liberdade

Na pedra bruta: pancadas secas.
Bate o martelo e o coração...
Um pó lembrança. Saudade. Sonho!
Revolve o tempo. Recobre o chão!

A mente lembra. Murmura. Geme!
Aos toques duros de um cinzel.
A mão esculpe. Desbasta. Treme!
Modela um rosto com um chapéu:

Olhar altivo. A barba rala
Semblante vivo. Olhar sem fala
Repara e olha... Seu escultor.

O homem pára! Murmura: Ei!
Simula um riso de luz sem cor!
Guevara sorri, e diz: Voltei!

Guido Carlos Piva

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