FLOR SILVESTRE
Pobre de quem? Pobre de ti, não dela:
Para que seja cobiçada e rica,
De nada mais precisa, além daquela
Inocência do céu, que a santifica...

Não tem brasões de nascimento. É bela,
De uma beleza que tão bem lhe fica!
E, sertaneja rústica e singela,
Vive junto dos pais, terna e pudica.

Passarinha entre as aves, e, travessa,
Parece uma visão da Primavera,
Quando envolve de flores a cabeça!

E, as suas mãos, que nada têm de rudes,
São as chavinhas de ouro (quem mas dera!)
De um coração repleto de virtudes!

                                                                                            Batista Cepelos

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