LIMITE

Janela aberta para a noite:
pedaço de horizonte
revivido na lembrança.
Grito
este grito
nascido na garganta
que se retrai
e consente.
Outro grito responde
e se cala.
Carência é minha fala.
O resto está escrito
no fundo de uma casa
de pedra:
meu limite.

                             Itálico Marcon

Do livro: "Ave de rapina", Edições Galaad, 1971, POA

« Voltar