ELOS PERDIDOS

Dores infinitas explodem em mim
Não há reação, nem segundas intenções
Apenas explosões e o perfume do jasmim
Odores contrastantes me tornam ambígua
No centro da Terra ou rumo as Estrelas
Traço vôos rasantes
Agora, antes ou depois, tempos iguais
Na escuridão ou na luz me queimo
Nada me satisfaz, busco o elo perdido
Teimo, encontro o desencontro
Me vejo em mundos opostos
Claustrófoba, do centro da Terra quero fugir
A luz do Sol me cega, continuo na escuridão
Mergulho no rio, penso em me secar nas nuvens
Rolo nas nuvens, pensando em me molhar nas águas do rio
Em viagens opostas, cruzo comigo e  mudo a direção
Perco o medo, volto a ver o que olhos não conseguem
Faíscas de dores respigam ao longe e em mim jaz estranho perfume
No Sol azul de um mundo amarelo me vejo entre rosas sem espinhos
Sou apenas o vento atravessando Galáxias, formando correntes, ouvindo segredos, soprando desejos em elos que se perdem...

Rosiris Guerra Inglese

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