Poema sobre as portas da tua casa

(Inspiro)
Nasci homem para
Entrar e sair das
Tuas portas
Entreabertas
Ressoam fechadas
Para balanço.
Nasci musa para
Servir-te em cálida
Inspiração
Que intumesce-me
E falicamente
Penetro-te
Nasci jovem para
Cobrir teu âmago
De pétalas
E polemizar-te
Em todo momento
romântico.
(Expiro)
Escancara as
Desconcertantes
Portas que acolhem
sorrisos e lágrimas
Como som dos sinos
Dependurados.
(Transpiro)
Renasci para
Reencontrar-te.
Deste modo, talvez
Encontre-me perdido
Estendido na grama
Em tua casa. 

Alexandre Bairos de Medeiros

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