Foi preciso segurar o
corrimão do imaginário
para sobreviver
às encruzilhadas.
Levitei ante a loucura
iminente: recusei o
labirinto. Fuga sob medida;
me desencontrei tantas e
quantas vezes fotografei
miragens ocres, croquis e
testamentos invisíveis,
totens de cristal, máscaras
e frontispícios, ansiando
por um retrato verossímel.
A força do celulóide,
presumo...
Na cartografia inexistente,
a verdade possível
insepulta. Foi preciso
segurar o corrimão do
imaginário para sobreviver
às falácias da literatura
oficial e clerical.

Sylvio Back

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