16/05/99

Alguma coisa estoura na noite gelada:
Champanhe, drops, fogos de artifício.
A noite clara esclarece meus pecados;
A lua cheia os encobre.
É neste misto de emoções e de fala pouca
Onde o esboço do dia se refaz.
Assassinos são crianças;
Estas têm fome: fumam pedras;
Estas, duras, não se curvam a água.
A noite cai novamente.
Por entre meus sonhos a taça
Novamente brinda.
Queria transpor esta minha vaga idéia,
Queria sondar por entre estes pilares
Loucuras de amor por entre minhas valas.
Sei quem sou, quem és,
Nesta noite...
Abro espaço, vagas, para tantas outras que virão.

Lea Dionizio

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