FLUTUANTE 

Soube, que nada sei,
caminho,
andarilho,
pé na estrada
sento,
conto árvores
paro,
Pois nada sei.
Vivo, que ainda não vivi,
sento-me na areia
junto ao mar,
abraço as ondas,
olho o sol,
vôo com os pássaros,
Flutuo.
Navego,
com o pobre pescador,
pesco.
Sonho, que nada sonhei,
com as ondas
de um sonhador.
Vejo, que ainda não vi,
Um poeta sem amor.

Marilza Rezende Saro

« Voltar