Quíron

Sou poeta e como poeta posso ser médico
Receitando amor aos mais fracos
recitando os meus versos 
Nos reversos do que eu faço;
Sou médico e minha alma sofre
O baço olhar indiferente da morte
do medo absurdo e posso curar
se o meu for o de Quiron e de Zeus
eu tiver a sorte
Sou poeta e Deus me habita
Nos cantos de minha casa
Nunca fui santo, mas nem surdo
Eu faço o que posso.

                                Flavio Gimenez

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