Barbaridade Poética

As ondas que falecem no teu semblante
Esta lavrada num arquivo cerrado
Nos anexos há zangas, perfume de sereia
No canto da boca, arquivo de um beijo malnutrido
Embriagues da ressaca de um amor decadente
Tudo são poesias presas que vêm do canto dos olhos

No canto dos seus olhos
As ondas que morrem
Chamam pelo teu nome e te acusam

"Provocadora de golpes de estado amantético"

Nas brumas da memória, qual crepúsculo
Assombra a claridade das noitadas
Quando a tua beleza não precisa de motivo
Para matar
Ó
Deusa mágica sem feitiço

                                        Mário Loff

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