CONFIDÊNCIAS AO PAPEL

Sentado frente ao branco céu-papel
senti a necessidade de escrever alguma coisa
e de escrever quem sabe para você
quem sabe para mim.
Quem sabe só é uma necesidade de um poeta precoce.
Quem sabe é para pintar-te nas letras o meu amor.

Só precisaría de algumas coisas me imaginar,
você o sol o mar .
E eu .
Só precisaría me lembrar do teu rostro primaveral.
Em fim coisas maravilhosas para me inspirar.

Ainda na terceira estrofe eu não sei
se escrevo para mim, para você ou para o papel, vazío
papel,
tão diferente de mim que tenho você, para me escutar
para te olhar e conversar, para te querer para te escrever
.
Me apaixonar ? Não sei,ainda não o pensei não descobri,
quanto querer deposito em você.
Porque nunca aprendí a medir o amor que eu dou,
mas acho que aprendí a medir o teu .
É pouco, mas já é suficiente para me fazer feliz.
Nao entanto não te culpo, porque culpas você não tem.
A única culpa é de ser como é.
Só agradeço o que recebo, porque não sei se merecedor sou
do pouco que tenho de você.

Acho que à essa altura cheguei a conclusão que os versos
são seus, e não do papel nem meus.

Não faço com estas palavras algum compromisso.
Só precisava contar para alguém, que eu gosto de você, não
sei como nem quando, nem porque .

Se algum dia descobrir te conto ao ouvido minha espécie de
amiga ou amiga especial, nem sei bem como é, que é.
Então até ese dia em que eu me entender vou te entender
talvez.

                                                                                Carlos Edgar Montiel

« Voltar