COMEÇO

Crianças de velhas manias
Sabemos o bem que não faz solturas no asno cumpadre
Canhoto em poucos, milênio
Momentos de um corvo forjado nas alamedas da morte
Cultuada em espetos de sangue
Na diabete do pérfido enterro
Eu evoco o sermão das palavras
Por meio de um regimento sacal
Num cardume de cobras manadas
Em cortume de ser educados
Os rabiscos do vento não ferem
Quem se quer, só queira não ser
Em silêncio bocejo , caretas
Aclamados pilares de rosca
No caracol engomado da corda
Na corte real de periféricos
Ao sul do norte da lua
Na crisma cruel de soldados
Armados em chumbo queimado
Tostado no sol de agosto
Prometeu destendeu pré-molares
E assim só dizemos, parada
De cartelas inteiras de incenso
Feito em propósito de estorvo
Vão meu irmão de senteio
Caravanas perseguem meu trigo
As sereias pequenas se quebram
Nos braços da sova humana,a comida derrete em soda
A soma da acústica arte, só teremos agora veneno
No deseco de Ártemis, minguadoem pêras percápitas
Depiladas no sangue da alma,concentremos esteiras na sorte
Pois crianças não sabem contar, as estrelas tão pouco esperam
As palavras secretas da rua, que sem assas passeia no mundo
Campestre de areia no limbo
Cavado na faixa do meio
Em meio cabreto de ferro
A meia alçada se rasga
Criança cansada se joga, a joelho de folhas sem cor
Que no negro da calha enruga
Um nariz sem palavras içadas
Um somente castelo de areia
As baleias não cabem no aquário
Más a sopa de sobra é falta
No calango cangalo da morte
Na latente e soberba criança
Que perfura o sumo da água.

Carla Carvalho

« Voltar