VIVE MANUEL BANDEIRA

Nasceu um menino, na antiga Rua da Ventura
Hoje  Joaquim Nabuco, da cidade hospitaleira
Recife, foi berço que embalou Manuel Bandeira
Rua da Aurora e  Rua da União, cidade lampeira
Por ali, menino passeou, e fez suas brincadeiras.

Crescia o menino em Petrópolis, Rio de Janeiro
Mas não resiste e volta para seu Pernambuco
Manuel Bandeira estuda na Rua da Soledade
No então, Colégio das irmãs Barros Barreto
E como semi interno, noutro na Rua da Matriz.

Bandeira com a família vai para São Paulo
Estuda, agora na Escola Politécnica, de dia
E á noite o poeta estuda no Liceu de Artes
Desenho e pintura, mas começa a trabalhar
Funcionário da Estrada de Ferro de Sorocaba.

Está tuberculoso, volta nosso poeta para o Rio
Depois para a Europa, para fazer o tratamento
E voltou para o Rio, iniciava a primeira guerra
Em seguida, publicou Bandeira o primeiro livro
Pelo mesmo custeado: A CINZA DAS HORAS.

E, no ano de mil novecentos e sessenta e oito
Aos treze de outubro, vai embora pra Pasárgada
Onde será amigo do rei, terá a mulher que quer
E a cama que escolherá, nosso poeta será feliz.
Grande Manuel Bandeira, lutou com a doença.

E com ela, ele escreveu... escreveu... escreveu!
Enalteceu sua cidade natal, a Veneza Brasileira
Evocou o Recife, assim como ele era... o Recife!
Como era antigamente, toda a criança a brincar
Porém, na sua querida cidade, viu seu avô morrer.

Recife, que preserva a memória de Bandeira
No Espaço Pasárgada, na sua Rua da Aurora.
Bandeira, que lá está e estará sempre presente
Mesmo aos cento e vinte a anos depois, está lá
O Poeta não morreu... nessa data ele nasceu.

                                                Mercêdes Pordeus

Recife/Brasil
19.04.2006

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