Aquintanada Inspiração de Mario

ao poeta Mario Quintana, no centenário de seu nascimento – 1906 – 2006

Como se me pegasse pela mão,
Levou-me a conhecer, sem ter roteiro,
A vida... eu, “Aprendiz de Feiticeiro”
Por feitiço ou por luz da inspiração.

Deu-me a sentir seu próprio cancioneiro,
Ao me fazer, por quase imposição,
Num rasgo de cruel mutilação,
“Baú de Espantos” para o mundo inteiro.

Quisera ser o chão ou ser tapete
Do “Sapato Florido” de Alegrete
Que deixou marcas em minha alma inquieta...

Todos passaram, Mario, e tu, sozinho,
És eterno... és o meigo passarinho
De quem herdei a dor de ser poeta!

Marcelo Henrique
(Amparo/SP)

« Voltar