Cantiga para Raul Seixas

"Maluco beleza",
de lucidez intrínseca,
bateu teclas ebúrneas e de ébano,
procurou sendas, sedas e rendas
com olhar passarinheiro.
Cantou — ora araponga
ora canarinho — os temas
mágicos do Ser.
Deixou legiões de estupefactos,
seguidores, admiradores, de predadores,
a quem solenememnte ignorou.
Marcou seu lugar no espaço
Contou em versos e notas,
artefotos, artefatos,
em interpretações surreais,
mas simples qual água de mananciais.

Que grande comunicador!
Dizem que lá na outra dimensão
fundou e lidera
uma legião de renovadores
do Cosmos...

                        Clevane Pessoa de Araújo Lopes

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