Soneto a Machado de Assis

"Oh! Flor do céu! Oh! Flor cândida e pura!"
Em teu perfume trazes a magia
da paz ausente em dias de ternura.
Dá-me o caminho de tua calmaria!

Preciso achar-te, flor que tudo cura!
A chaga aberta dói em demasia,
e sofro inquieta a minha desventura, 
sem encontrar no íntimo alegria.

Estar perdida aqui só me afiança
que a vida assim não vai aliviar
a dor que queima em mim feito fornalha.

Mas inda resta um pouco de esperança
de um dia enfim a Flor, do céu, brotar:
"Perde-se a vida, ganha-se a batalha".

                                        Márcia Sanchez Luz

« Voltar