Antonio Olinto em outra dimensão

Não estarei no Rio quando parte Antonio Olinto
para o azul absoluto,
camuflado em letras azuis.
Envio num navio de estrelas azuladas,
um poema:
— OINOTNA OTNILO,
trazes no nome a nota in blue do Nilo,
o fertilizador.
A leitura, o alfabeto
cujo Verbo se traduz em números
e a medida exata do tempo
agora se cumpre.
Mando-te livros de réstia de sol
para que os leias na trajetória.
vai a cantar,
mando-te essa flauta invisível
para que ti mesmo te acompanhes notas plangentes de blues.
Enquanto danças, experimenta as máscaras da terra Mãe.
Apascenta assim, tuas saudades.
Vai com teu Anjo da Guarda,
brinca de dados,
um com letrinhas, outro com numerais
e reiventa teu tempo de existir...
Mas já és atemporal.
OINOTNA OTNILO
ANTONIO OLINTO

Clevane Pessoa

Bienal do Livro-Rio de Janeiro, 12/09/2009, data em que lanço Erotíssima (poemas) e O Sono das Fadas (conto para crianças até cem anos ou mais)

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