Terra (*)

Me enterra, meu amor!
Toma-me aos poucos meu tudo...
Torna-me devagar o teu adubo...
Doce terra, minha flor!

E engolindo-me todo, enfim...
Transforma-me em novas vidas!
Pensavas que seria meu fim?

Não! Um poeta não se deixa morrer!
Suas luzes hão de percorrer...
Os corações dos seres vivos...

Hão de mandar mensagens de vida!
Dos sonhos, dos amores que viveu!
Pois, viajando nos poemas que ele escreveu,
Sua alma manter-se-á para sempre, viva!

(*) Inspirada em poesia homônima de Mário Quintana.

Amo-te

Se em meus desejos
te imagino só minha,
sem pudor, sem anseios,
uma mulher, uma rainha!
Não somente por tua beleza,
mas também por tua magia.
Minha flor da natureza,
minha inspiração, poesia.
Serei eu um poeta louco?
Pois amo e nem ligo,
amo o que dizem ser feio...
Não me importo nem um pouco.
Só quero o teu abrigo,
amar-te e descansar em teu seio!

Argento (Waldir Argento Júnior)

6° Concurso Nacional de Poesias “Poeta Nuno Álvaro Pereira", 2004, Valença/RJ (Menções Honrosas)

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