TRISTEZA
 
Tão festiva e tão bela eu sinto a Natureza!
Parece até zombar desta imensa tristeza;
seu mavioso canto é doce sinfonia
que com imenso calor a todos delicia.

Não consigo entender esta imensa fraqueza
que me abate sem dó, deixando-me indefesa
pois junto a mim tudo é somente alegria,
ao lembrar-me do tempo em que eu sempre sorria.
 
Perdendo-te, eu me entrego a um grande padecer.
Meus olhos estão secos, mas de sofrer me inundo
e, embora de alma triste, eu não quero morrer.
 
Eu quero só saber por que secou meu pranto,
Por que não posso mais alvissarar ao mundo
que, mesmo padecendo, ainda te quero tanto!
 
                                      Alda Corrêa Mendes Moreira
 
1º lugar - Medalha de ouro - no  XVIII Concurso de Poesia/97 da Revista Brasília/DF

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