Moenda de açúcar, de Johann Moritz Rugendas (Alemanha, 1802 – 1858)
 
NEGRO NEGRO

É tempo de muda
É tempo de troca
É tempo de luta
explode

levante esses olhos
estanque esse pranto
imponha-se homem
questione

junte forças
pra cortar esse medo
vencer essa dor
confie

tangencie esse egoísmo
desespere esse amor
afaste essa insegurança
lute

delimite sua liberdade
empunhe essa arma
exponha esse ódio
reaja

assegure esse sonho
exaspere a razão
violente seu corpo
mate esse amor

                                   Adão Ventura

Do livro: Cadernos Negros - Poesia 1, 1978, SP

« Voltar