Moenda de açúcar, de Johann Moritz Rugendas (Alemanha, 1802 – 1858)

 
Negro Homem Brasileiro

Toca berimbau
Vai capoeira
Mostra tua raça
Negritude brasileira.
Mestiço de ginga
Sem medo de rebolar,
Tem o samba no pé
O batuque do bombor
E coisa e tal.
Cor que tempera uma nação
Explorada em um passado
Por brancos Europeus
Que azedaram nossa terra
Com sua influência nefasta.
Nossos negros que tanto trabalharam
Enriqueceram nossas raízes culturais
Também nos enriquecendo nos grandes cafezais.
Foi graças a muito nego
As custas desse suor,
Da dor das chibatadas
Enriquecendo os bolços dos seus carrascos
Nada gratos
E sim bons ingratos.
Felizmente, há quem tenha boa vontade
Consciência e valor
Traz no coração a resistência
A esse resquício que chama-se preconceito
E a essa maldade que chama-se discriminação.

                                                                             Cris Passinato

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