Moenda de açúcar, de Johann Moritz Rugendas (Alemanha, 1802 – 1858)
 
NEGRA ANA

A cítara e a harmônica tocadas à indiana 
São o fundo do meu gazal minha doce africana.

Enlevados pela suave música
Somos felizes em nossa tosca choupana

Negra rainha de um só súdito negro
De beleza tão simples e provinciana

De aparência frágil e delicada
Tens os traços de uma fina porcelana.

E ainda assim quando elogiada
Encabula e não se ufana.

Sou teu homem minha negra
Linda negra moçambicana

Acertaram os que lhe deram o nome
Pois atendes simplesmente por Ana.

Carvalho de Azevedo

Enviado por Clarice Villac

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