A VIDA DE UM POEMA
Maria Thereza Neves
das entranhas deixamos nascer um poema
a sensibilidade da alma se faz visível
regando, adubando, libertando...e quando cria asas, percorre mundos
trocando de mãos
remando lagoas, oceanos
abraçando aflitos
chorando dores
amando amorese caminha, sem perder caminhos
mesmo que sejam desertos
pântanos ou abismos
com rasgos de ternuras
macias, suaves letras vai a todos tocandomuitas vezes, delirantemente feliz
arrebatando sensualidade e paixões
dançando nas sinuosas sombras
teclando pianos, harpas, violinos
voando infinitas orquestras
ou sangrando aflitivas emoçõese o poema vai amadurecendo
o poeta envelhecendo
e a poesia sempre, sempre renascendo
conquistado paraísos
sem pátria
no seu berço-mundo!
JF/MG-28/01/06-12h.
som da poesia
faz-se movimento,
dança dentro e fora de mim
a temperar sentimentos