SONS DE ACORDES

                     Terezinha Ofélia Nascimento Rennó

Ousei cantar poemas de Gonçalves
Quando, só dele, deram-me os versos.
Depois, chorei ouvindo Castro Alves...
Em “Noite de Estio”, Lima, deu-me o inverso!

Quis entender “Broquéis” de Cruz e Souza.
Não resisti ao “Amor e Medo” de Abreu.
Com que paixão, Bilac, “Um Beijo”, ousa...
...e, o “Beijo Eterno” , ousado, descreveu!...

Evolui para o tempo mais moderno:
Descubro João Cabral de Melo Neto
Dizendo que poesia é construção! 

J. G. de Araújo Jorge, explode;
Soube fazer-lhe a contestação:
— Não!... Poesia se faz n'alma ao som de acordes!

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