POEMA QUASE TÁCITO

                     Edival Perrini

Olho a vida sem nenhum sonho
e vejo as cores na textura exata.

Sem nenhum verso
poho-me diante das palavras
e cuspo.

Sem nenhum medo
faço confetes incontáveis
e brinco
afinal
o carnaval dos suicidas;



SILEPSE

A vida por um fio
e lá fora chovendo canivetes.

Do livro: Pomar de águas, Kugler Artes Gráficas, 1993, PR

« Voltar