VOLÚPIA


A inspiração é reajustada pausadamente
recobrando a respiração que goza na Natureza
em plena atmosfera
aonde há Poesia sempre haverá alimento nunca findo
mesmo após o esforço das ventanas dos cavalos baios
espalharem a areia nos castelos dos sonhos na praia
novas torres e pontes suspensas são recriadas
ao som das claves suaves... nas canções medievais...
rumo a novos beijos convidando o acariciar de novas percepções!
sem pausa nem interrupção
em estado puro de alerta com toda a voluptuosidade do alento





Aprender a viver na vida em favor do Amor

Todos as noites ao passar na Rua Borges
passo com caminhões de mudanças
beirando o meio fio das contradições...
me distraio com os discursos dos transeuntes
mesclando cores aos barulhos dos automóveis
desenrugando as rugas do silêncio
Enquanto casais assistem e (re)criam seus filmes
a tecla do controle remoto nunca adormece
nas mãos de alguns dedos antes das três da matina
Todos as noites ao passar na Rua Borges
lembro que não se pode ter tudo o que se quer
não se pode voltar no tempo
no entanto nada impede a construção de futuros sonhos...
se uma rua tiver o sobrenome de um último Amor
espero que por dias novos que virão... (para mim)
para todos que por ali passarem na mesma situação

Rosangela Aliberti
São Paulo, 05.V.06