Quantas no tempo
São as trajetórias do amor?
Antigamente quase sempre terminava em dor:
Tristão e Isolda, Julieta e Romeu
Ceci e Peri e a Marília de Dirceu.
Depois foi eterno enquanto durou:
Maíza, Lupcínio e Cartola
Até mesmo Paulinho da Viola.
Agora é o poço sem fundo
Da sua própria procura
Gerando nos homens, frescura.
Nas mulheres, lamentos dementes
E nos cofres...
Vagalhões de amores ausentes.
Nem guerreiros, nem Helenas
Nem musas, nem poetas
Apenas faltas e lágrimas sentidas
Entre cacos de almas partidas.

                                          Onna Agaia