Canseiras, controvérsias e contradições: não é Comando de Caça aos Comunistas, viu?

Estou cansado com tamanha seriedade. Aliás, sempre fui avesso à seriedade. Acho horrorosas aquelas vozes corajosas, viris, grossas, de sapos bois machistas , de impostores que só sabem impostarem suas vozes retoricamente!... Nunca se me ficou tão claro quem mais se beneficiou da baixa qualidade do nosso ensino público: os candidatos melhor colocados nas pesquisas pré-eleitorais, claro!... Como podemos ser um país mais produtivo com um sistema educacional de baixíssimo nível como o nosso? Óbvio!... Aqueles candidatos com aquelas carinhas de lingüicinhas de porco apimentadas do Vale do Paraíba me causam nojo, asco! Argh!...Aqueles que criticam os que lutam pelo poder (o poder pelo poder e nada mais) procedem da mesma maneira e também já brigam entre si por ministérios e por cargos no segundo e no terceiro escalões. Só duvidam de que isto não esteja a ocorrer aqueles que possam se beneficiar ao longo desta briga de foices pelo poder. A questão não é de coragem de macho nem de falta de vontade, mas de preparo e de lucidez, de cultura política não esquemática nem simplista. O marxismo vulgar já foi desmoralizado em todo o mundo menos no Brasil! O populismo é uma mistura de chiclete com chulé. Entregar um Estado nas mãos de deus (ou do diabo) é um papo desrespeitoso para qualquer cidadão que se preze ou que tenha o mínimo de discernimento ou tirocínio político. Esteja entregue ou não em “boas”(?) mãos. Esta proposição de marketing eleitoral é uma repugnante ofensa eleiçoeira.Deveríamos já ter também há muito tempo um Código de Defesa do Eleitor que estipulasse respeitos básicos ao exercício da cidadania. Uma salvaguarda do eleitor contra propagandas eleitorais enganosas partidas (ou não de marqueteiros).  Pelas liberdades de expressão!... Repugna-me esta vil disputa travada em torno de um fálico pau de sebo (via divertida, grotesca, ridícula e sacrificial para o cume do poder). Pesadelos que vão e voltam, quase ressuscitam, quase chegam lá, etc.: tudo isto me traz a certeza lúcida de que a voz do povo não é a voz de deus, nem a voz do diabo. Apenas o diário oficial de amanhã. Os que se calam chegarão lá. Até lá, felizardos!... Mas , um dia, de lá cairão, podem crer. Ainda bem que nunca cheguei lá, não o pretendi e nem mais sonho com isto! Ainda bem! Senão me tomariam como mais um dos ressentidos de plantão. Nunca me candidatei a qualquer cargo eletivo e nunca fui um carreirista (em nenhum plano da minha vida). E nem por isso posso me proclamar nem me canonizar santo de nenhuma religião. Ok? Enfim, as músicas ou jingles pré-eleitorais são tão melancólicos! Aquela musiquinha que começa assim “vota Brasil...” é indutora de depressões! Salve-nos Villa-Lobos!... Outra coisa: como podemos festejar uma “democracia” que nos obriga a votar ou a justificar a nossa ausência do domicílio eleitoral no dia santo da eleição? Invejo e admiro os legisladores eleitorais dos Estados Unidos da América! Pelo menos lá ninguém é obrigado a votar! Pelo menos isto!... Já está muito bom!... Anular o voto também não adianta nada. É aquela sabida situação: se ficar o bicho pega e se correr o bicho come. Come tudo e depois volta querendo mais! São insaciáveis, meu Deus!...

      José Luiz Dutra de Toledo

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