O ignorante e o avaro

As palavras do autor que terminei de ler são sábias. Falam-nos da tendência à escassez de água potável, das incertezas quanto ao clima, da poluição, das enchentes nos rios, do aquecimento global e dos riscos pela destruição da camada de ozônio.

Como se tudo fôssem coisas da Natureza e a humanidade refém dos seus caprichos, descreve-nos com competência os fenômenos como eles são e os males que deles advirão. 

No entanto o que acontece no mais das vezes é que deixamos de enfatizar um dos aspectos mais importantes para o equilíbrio auto-sustentado do planeta - O Homem é o principal predador.

Com os avanços da Ciência e da Medicina nos últimos três séculos alcançou-se taxas de crescimento demográfico insustentáveis e capacidade de intervenção e agressão à Natureza sem precedentes.

Os Sistemas políticos e econômicos experimentados não resolveram as questões da Educação e da Ética.

Pelo descompasso entre a Ciência e os Valores Morais, Éticos e Culturais da Humanidade, vivenciamos a explosão da barbárie e do vandalismo, cada dia mais degradando e dilapidando o único habitat da espécie humana no Universo. Há gente demais no Planeta e o conceito do gigantismo é pernicioso.

O Homem ignorante e o avaro são nocivos. Na verdade são parceiros que têm os mesmos valores - ambos  priorizam o consumismo e as condições materiais de vida, o ter em detrimento do ser. 

Marco Bastos

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