SAUDADES DA TERRINHA

Ontem, após o telefonema de uma amiga pedindo dicas de Portugal, fui acometida por um vento de nostalgia. Estou com saudades de Lisboa, meus amigos queridos, o pastel de Belém, a praia de Oeiras, a Dani, as crianças...

Há dois anos, quase me mudei de mala e cuia para a Terrinha.Processo em mãos, matrícula na Universidade, casa e colo de amigos, mas na última hora, recuei. Não que Lisboa não seja aprazível, mas foi difícil me livrar das montanhas, dos amores, da minha mãe e da minha amiga Márcia.

Dar as tais dicas sobre Lisboa é um boa forma de  me fazer lembrar de coisas tão queridas em épocas tão difíceis. Os mais próximos lembram do fatídico outubro de 2007.

Vamos a Lisboa...

Os chiques me perdoem, mas gosto mesmo é de viajar pela TAP, naquele voo (sem acento) simpático e direto do Rio. Durante as quase nove horas de espera, já dá pra sentir o gostinho lusitano nos omeletes de fiambre, no sotaque dos comissários e na programação musical.

Ao desembarcar, quando não há ninguém me esperando, opto pelo Aerobus, que custa a bagatela de 3 euros e me deixa na Estação de comboios, rumo à Oeiras. No trajeto, pode-se admirar a estação de metrô de Picoas, feita pelo Guimard, em estilo Art Nouveau, os casarões dos séculos XVIII e XIX, os vendedores de castanha e as Igrejas. Se porventura você não entendeu o que é estação de comboios, significa que você fala e escreve brasileiro. Definitivamente, não falamos o mesmo idioma. Mais adiante, providenciarei um glossário.

Como sabem, meu foco artístico não me afasta dos Museus e demais equipamentos culturais. O centro histórico de Lisboa  nos dá a certeza sobre nossa origem.  Gosto especialmente do casario próximo ao Parlamento e toda a região do Jardim do Príncipe Real. O parlamento, apesar de Neoclássico e super sisudo, tem ao seu redo um casario do século XIX  nos moldes do século XVII.

Olhe Lisboa com cautela. Se for um observador da arquitetura brasileira vai perceber semelhanças com as cidades de Parati, Olinda e Ouro Preto. É uma cidade para ser degustada...

Glória Horta

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