Assassinato em Dallas

                Esta estória teve como  início um jantar em minha casa, numa quinta-feira.
                A minha esposa Mary e eu estávamos saboreando uma sopa de legumes com carne. A nossa empregada Mia, estava há pouco tempo conosco, porém, não esmerava muito nas refeições que preparava. Trouxe os pratos para a mesa, colocou-os à minha frente e saiu.
                — Noel, tenha paciência com ela, pediu Mary, ainda não se entrosou com os costumes da casa. O seu gênio é muito complicado.
                — Mary peça a  Mia que nos traga um cafezinho. Tenho algo a lhe propor. Vamos fazer um churrasco no sábado – convidamos alguns amigos?
                — Sim, Noel, é um bom programa para o sábado. – Quem você pretende convidar?
                — Vamos telefonar, eu lhe disse, para  - Dr. James e Stephanie, Pastor John e Mabel, Coronel Collins e Julie, o que você acha?
                — Muito bom Noel, respondeu Mary – vamos começar.
                — Mary era muito prestimosa e se encarregou dos convites.
                — Na sexta-feira cedo, fui dar uma volta pelas ruas de Dallas. Andei bastante, encontrei-me com várias pessoas que vinham  me acompanhar, contando vários fatos que ocorriam por aquela pacata cidade. Porém, uma informação que me chegou nessas andanças, me deixou bastante preocupado. Foi-me dito, que o Dr.James havia diagnosticado que Coronel Collins se encontrava com uma espécie rara de tumor no cérebro, que o deixaria, dentro de algum tempo, impossibilitado de se movimentar e ter descontroles nervosos além, de fortíssimas dores de cabeça.
                Nada comentei. Fiquei bastante aborrecido e retornei à minha casa. Pedi à Mia um café, fui para o meu escritório e mandei chamar minha  esposa.
                — Mary, soube pelas ruas de um fato sobre o diagnóstico que James fez do Collins que se for verdade, é lamentável. Você escutou alguma coisa a respeito?
                — Sim, Noel.
                Quando sai pela manhã para fazer compras no supermercado escutei a mesma conversa. Não fiquei sabendo quem era o informante, porque se encontrava do outro lado da gôndola, porém, pelo visto, a notícia parecia ter um fundo de verdade.
                — Vou conversar com o James, disse lhe, e  esclarecer este caso e desaparecer com a dúvida. Assim fica melhor, não é Mary?
                — Mia, o Dr. Noel vai almoçar, falou Mary , pois ele precisa sair. Prepare a mesa.Eu vou almoçar com ele. Fui  tomar o meu banho e vestir-me  para sair para o Fórum.
 
 

2

                O Coronel Collins estava residindo em Dallas há dois anos, quando entrou  para a reserva por motivos de saúde. Comandou uma força tarefa multinacional na guerra do Vietnan. Segundo o comentário geral na época,o grupo comandado por Collins sofreu um extermínio, tendo ficado vivos, apenas o Coronel e um Cabo que solicitou baixa do Exército Americano, tão logo foram resgatados do campo de batalha.
                O Coronel Collins ficou com algumas seqüelas de guerra. Teve o sistema nervoso todo abalado, ficando mais agressivo e muito nervoso por qualquer motivo. Além da medicação que faz até hoje, foi-lhe recomendado que fixasse residência em uma cidade pequena e pacata, pois isso contribuiria muito na sua qualidade de vida. Não tinha filhos. Escolheu Dallas por já conhecer por informações de longa data.
                Não se ouviu falar mais no Cabo Matt, pois o mesmo deixou Washington, após ter passado por severos exames de saúde, no Hospital Militar. O Cabo também ficou com neurose de guerra, porém, além do tratamento, foi-lhe recomendado um ambiente pacífico e calmo. Escolheu Dallas.
                Três anos após ter deixado Washington, o cabo Matt abriu em Dallas,  uma loja de tecidos , miudezas e reiniciou a sua vida. A cidade estava crescendo aos poucos graças à descoberta do petróleo, embora os negócios estivessem prosperando, em função do crescimento populacional. O seu negocio, aumentou. Casou-se com u´a moça da localidade, Louise, com quem teve o seu primeiro filho. Tinham uma vida normal, embora o tratamento continuasse e Matt  não aparentava conseqüências da guerra. Sempre guardou uma grande mágoa de seu superior, porém, procurou não demonstrar para Louise. Por uma coincidência muito grande, dois anos após, chega o Coronel Collins. Iria continuar a sua vida numa pequena cidade do interior do Texas.
                O ambiente de Collins imediatamente foi formado pela elite do município. Procurou se comunicar bem com a população de Dallas. O Matt, que vendia para a esposa do Coronel foi observando o comportamento do mesmo na cidade, sem demonstrar qualquer sinal suspeito.
                Reconheceu o seu ex-chefe imediato, porém, procurou disfarçar o ódio que sentia por ele.Foi o responsável por tudo o que ocorreu na frente de batalha, por um erro de estratégia.
                Como possuía muita  influencia junto à Casa Branca, conseguiu escapar de uma corte marcial.Porém, iam vivendo. Collins não reconheceu Matt e tudo parecia normal na cidade.
 
 

3

                Chegou o sábado. Eu e Mary partimos  para o seu sítio logo cedo para preparar o esperado churrasco.Levamos  a Mia para ajudar. O nosso caseiro já havia tomado as providências iniciais. Colocou a funcionar a churrasqueira, e com muita habilidade deixou o carvão queimando e produzindo a fumaça, que iria assar a carne que veio com a Mary. Deixou preparados todos os espetos e a Mary temperou as carnes, preparou a farofa e o arroz. As bebidas ficaram por minha conta. Mary arrumou  a mesa de campo, os pratos, talheres, copos, limão, aguardente, cervejas e mais o que seria utilizado naquele evento.
                Em torno das onze horas da manhã, foram chegando os convidados. O primeiro a chegar, foi o Dr. James acompanhado de sua esposa Stephanie que se encontravam muito contentes com o evento do dia. A seguir chegaram o Pastor John, sua esposa Mabel, e o Coronel Collins e sua esposa Julie.
                Ofereci inicialmente uma dose de aguardente especial acompanhada de azeitonas e pedaços de queijo com azeite e orégano. Em seguida, foram servidas as cervejas.
                Mary ficou supervisionando a carne na churrasqueira e preparando o arroz, a farofa , o molho, com o auxílio da Kelli. Tudo estava correndo bem, até então.
                Os homens se reuniram embaixo de uma frondosa árvore e as mulheres ficaram próximas à Mary. Todos tomavam os seus aperitivos e conversavam animadamente. A carne já estava chegando ao ponto.
                Mary chamou: Noel, a carne já pode ser cortada e servida. A lingüiça já está no ponto. A carne era da melhor qualidade possível, pois o Texas é conhecido, também, pela qualidade de seu rebanho de corte.
                Pedi ao meu ajudante que providenciasse uma certa quantidade de carne, molho e farofa, pois a bebida (cerveja), continuava. Estavam todos alegres e felizes.
                Resolvi a não tocar no assunto com o Dr. James e a não pensar mais no assunto.
                Depois desta introdução, foram todos para a mesa onde Mary já estava ultimando os preparativos para o almoço. Kelli ajudou a Mary a servir a mesa, onde todos se sentaram, os maridos de um lado e as esposas do outro lado. Tudo estava muito bem preparado e saboroso.
                Pouco se conversou durante o almoço, pois já eram treze horas e estavam todos esfomeados.
                Perguntei-lhes se estavam satisfeitos e o grau de aprovação foi unânime. Estava tudo delicioso e as honras foram para Mary  que havia preparado o tempero de tudo.
                Terminado o almoço, tomaram um cafezinho e foram se deitar na casa do sítio. Cada casal foi para um quarto  repousar.
                Mary deixou a arrumação do pós-almoço para a Kelli e o empregado do sítio. Ela se retirou comigo  para o nosso quarto.
                A Julie saiu a passear pelo sítio e foi até à beira do lago, onde se sentou em uma sombra muito grande e ficou bastante tempo, descansando.
                O Coronel Collins havia ido para o quarto e lá ficou.
                Nada se notou de diferente e nenhum barulho anormal. Os outros convidados estavam em seus quartos e  nós, a Mary e eu estávamos também em nosso quarto.
                Lá pelas quatro horas da tarde, foram se levantando e o Coronel não aparecia. A Julie ficou preocupada e foi até o quarto ver o que havia acontecido ao Coronel, pois ele foi o único que não apareceu.
                Ao entrar no quarto, não poupou um grande grito de terror, pois viu o Coronel deitado na cama em cima de uma lagoa de sangue, tendo em seu peito  uma enorme perfuração feita com um objeto cortante.
                Todos correram com o grito de Julie, entraram no quarto e eu pedi aos presentes que não mexessem no corpo, pois iria chamar o Xerife para cientificar da ocorrência e tomar as medidas necessárias à apuração de tal tragédia.O Dr. James, fez um exame superficial, porém, estava aguardando o seu colega da perícia chegar, para poder determinar com certeza a natureza do objeto que produziu aquela lesão.
                Eu fiquei preocupadíssimo com o ocorrido. Pedi que ninguém se afastasse do sítio, até que o Xerife chegasse, inclusive a Kelli e o caseiro do sítio. Não demorou muito, o Xerife chegou com a perícia. Foi olhar o corpo que se encontrava no mesmo lugar. Ninguém o havia tocado.
                Solicitou- me que fizesse um relatório de tudo o que havia acontecido naquele dia, até àquela hora. Prontamente atendi a solicitação do Xerife que teve uma visão geral do ocorrido. Todos estavam atônitos, pois ninguém imaginaria que tal incidente ocorresse num ambiente sadio e tranqüilo como aquele.
                A Julie estava inconformada, pois era uma excelente esposa e as suas relações com o Coronel, eram as melhores possíveis, o que foi atestado pelos presentes. O Xerife dentro de suas atribuições legais, anotou os nomes de todos os que se encontravam no sítio, inclusive, dos serviçais. O médico da perícia constatou, junto com o Dr. James, que a arma do crime, seria uma faca utilizada para cortar carnes de churrasco, ou abrir um boi no frigorífico. Quanto ao grito, não houve, porque o Coronel fora asfixiado com o travesseiro, o qual também estava todo sujo de sangue.
                As senhoras estavam todas chorando e a Julie, inconsolável. O Dr. James, deu a ela, um relaxante para que aquela angústia se acalmasse. Após as anotações feitas pelo Xerife e pelo Médico Perito, o corpo foi colocado em um carro do Instituto Médico Legal e os presentes foram liberados. Todos saíram e ficou apenas o empregado do sítio para arrumar tudo, inclusive mandar lavar a roupa de cama. Mary, deixou todas as instruções e também partiu, comigo e a Mia. Fomos para casa levando a Julie . Ela estava muito abalada. Ficou conosco.
 
 

4

                Quando chegamos em casa, Mary levou a Julie para tomar um chá calmante com biscoitos, para que ela ficasse mais calma e se alimentasse.
                — Mary, chamei a minha esposa. Diga a Julie para não se preocupar, pois vou tratar de tudo e providenciar o seu sepultamento, assim que a perícia o liberar. O Dr. James está no Instituto providenciando o fim da perícia e a liberação do corpo. Vamos com a Julie até a sua casa, buscar a roupa para vesti-lo tão logo chegue ao necrotério. Depois, vamos leva-lo ao cemitério. Já vou falar com o Prefeito.
                Os nossos amigos, o Pastor e o Dr. James estavam muito solidários com a Sra. Julie.Telefonei para o Xerife, solicitando toda a presteza possível no esclarecimento deste assassinato. O Xerife me confidenciou que havia encaminhado uma equipe para o nosso sítio, com o fim de interrogar o caseiro e colher o máximo de provas que ajudassem a elucidar os fatos.
                — Dr. Juiz, disse-me ele. Vou me empenhar pessoalmente neste caso.Não se preocupe pois vou mantê-lo informado de todo o andamento das investigações.
                — Muito obrigado Xerife, faça-o.
                — Não demorou muito, o meu celular tocou, era o Dr. James.
                — Noel, disse o James – vamos levar o corpo para o necrotério.
                Já está liberado. As roupas dele devem ir para lá. O pessoal da funerária vai prepara-lo dignamente. Estarei por perto. A Stephanie vai se encontrar com a Mary e a Mabel para ficarem juntas à Julie.O Pastor John vai ao necrotério cumprir as suas obrigações religiosas.
                — James, disse-lhe. Já providenciei as flores. Logo estarão no necrotério para o arranjo do corpo no caixão. Mandei colocar o aviso do sepultamento na Rádio Dallas e no jornal Dallas News. Parece que tudo está sobre controle. O Prefeito já determinou o preparo da cova. Está tudo arranjado. A Julie está mais calma e a par de todas as providências. Os pagamentos nós os faremos, de acordo? OK. James. Até daqui a pouco. Passado algum tempo, o celular voltou a tocar. Era o James novamente.
                — Noel, recebi as roupas e as flores já estão aqui. O pessoal da   funerária está terminando de arrumar o caixão para depois ficar exposto no necrotério. O sepultamento será amanhã?A que horas?
                — James, as oito da manhã. Assim fica bem, não?
                — Sim Noel, está tudo certo, disse o Dr. James. O corpo deverá ser velado durante a noite. È de bom alvitre que nos revezemos. Sempre deverá estar presente, um dos nossos. As esposas também deverão se revezar, pois a Julie não poderá  passar a noite toda junto ao falecido. Nem deve.
                — Noel, o corpo já está pronto e no lugar. Caso a Julie deseje vê-lo, poderá vir, pois está tudo arrumado.
                — James disse-lhe. Vou avisar a Mary, Stephanie e Mabel e seguiremos até aí. Já são vinte e duas horas. O corpo está pronto. As flores chegaram a tempo e as coroas foram providenciadas pela funerária.
 
 

5

                O Xerife Andrews voltou ao sítio, com uma equipe de auxiliares e foram interrogar o caseiro. O interrogatório foi demorado e o caseiro sempre negando tudo.
                — Caseiro – não saí de junto da churrasqueira, pois o Dr. Noel só queria a carne quente. Não arredei um passo sequer, donde eu estava.
                — E a Mia? – perguntou-lhe o Xerife
                — Caseiro – a Mia estava ajudando a Dona Mary a arrumar a mesa e a refeição. Tiveram bastante serviço. A Dona Mary pode confirmar tudo o que eu falei.
                — Xerife perguntou ao caseiro – como é essa vizinhança?- gosta do Dr. Noel?
                — Caseiro responde – pelo que eu sei e já estou aqui há cinco anos, não conheço e nem existe por aqui, alguém que desgoste do Dr. Noel.
                — Xerife perguntou ao caseiro – e quanto ao Coronel? Alguém não o queria bem?
                — Não posso lhe falar nada, respondeu o caseiro. Nunca alguém comentou sobre o Coronel, ainda mais, que ele era muito amigo do Dr. Juiz.
                — Bem, disse o Xerife, nós já vamos, mas o Sr. não deve sair do sítio, até que a gente esclareça tudo, ouviu?
                — Sim Sr. Xerife, respondeu-lhe o caseiro. Não sairei daqui, a não ser com a sua ordem.
                — Vamos lá pessoal, ordenou o Xerife. Já acabamos por hora.
 
 

6

                Às oito horas da manhã seguinte, o féretro do Coronel Collins deixou o necrotério e se encaminhou para o cemitério local.
                Estavam todos consternados com o assassinato do Coronel de forma que os ânimos para acompanha-lo eram muito tristes e sem uma explicação plausível sobre o porque do acontecimento. Será que alguém mais se encontrava em perigo? Era uma dúvida atroz com a qual todos estavam convivendo.
                Ao chegar à beira da cova, os seus amigos se reuniram  e o Pastor John rendeu as suas últimas homenagens, àquele amigo que não mais estaria em seu convívio.
                Julie, com o rosto estampando a dor  pela perda do marido e amigo, não parou de chorar, mas acompanhou até o último momento todo o cerimonial do sepultamento.
                Quando a cova já estava cheia de flores por sobre o caixão e os funcionários da Prefeitura estavam colocando a terra, os presentes começaram a se deslocar para as suas casas. A Julie foi conosco para casa. Ao chegar, Mary  mandou preparar um lanche saudável, para compensar todo o tempo que não se alimentavam, principalmente a Julie.Cada casal tomou a direção da sua residência, pois todos estavam pasmos com o ocorrido e ninguém compreendeu porque aquele fato aconteceu.
                — O Xerife, que também acompanhou o féretro, encontrou-se comigo e disse: Dr. Noel; o caso não está muito fácil, não; mas as diligências continuam. Estamos reunindo uma série de dados para compor o quebra-cabeça. Quando o jogo já estiver delineado,eu comunicarei ao Sr. Espero ter uma solução dentro de no máximo quarenta e oito horas. O Dr. Será informado.
                — Obrigado Xerife, trabalhe com afinco.Aguardarei.
                Após o almoço, por volta das quinze horas, aproximadamente, o Xerife telefonou para o Dr. Noel, solicitando a sua permissão para interrogar a Mia. Concordei, avisei a Mia que o Xerife viria busca-la para o interrogatório em seu gabinete. Pouco depois, chega o carro do Xerife e a Mia foi com ele.
                No início do interrogatório, a Mia estava negando a sua participação no crime, porém, após mais ou menos uma hora de conversa, a Mia resolveu contar, que recebeu um bom dinheiro do Cabo Matt para dar informações sobre o Coronel. Ela complementou sobre o churrasco no sábado, no sítio do Dr. Noel e ele montou uma estratégia para eliminar o Coronel.
                Combinaram que o quarto para repouso do Coronel seria no fim do corredor da casa, que era muito grande e não haveria ninguém por perto. Quando o Coronel, fosse tomar o seu remédio após o almoço, Mia iria lhe levar água e servir o Coronel com o seu medicamento. Aconteceu como o planejado.Porém, em lugar do seu medicamento, foi-lhe servido uma dose muito grande de sonífero. Ele não observou, pois estava com sono já por conta das bebidas, tomou tranqüilamente o que lhe foi servido. Em seguida, Mia abriu a janela dos fundos. Não havia ninguém e a Julie estava à beira do lago, descansando à sombra. Como o combinado, o Matt entrou pela janela, colocou o travesseiro asfixiando o Coronel e desfechou-lhe um golpe certeiro de faca, em cima do coração. O plano havia dado certo. O Xerife ligou para o Dr. Noel, pedindo que ele chegasse até o seu gabinete, o que foi feito.
                Ao chegar, o Xerife lhe disse:
                — Dr. Noel, leia este depoimento. Terminado, imediatamente e ali mesmo, expedi a ordem de prisão para o Sr. Matt, que ao ser detido, quis negar tudo, mas lendo o depoimento da Mia, resolveu a se entregar. Confirmou, tudo que a Mia havia dito. O seu depoimento foi demorado, mas satisfatório. Não havia dúvida alguma. Foram presos os dois; a Mia e o Matt.
                — O inquérito foi encerrado. A esposa de Matt, confirmou a sua saída no sábado. Ele havia dito apenas, que deveria acertar as contas com uma pessoa, mas não falou como e nem com quem.Ela estava desolada quando tomou conhecimento de toda a história. Voltei para casa, contei à Mary todo o que havia acontecido e ela ficou com muita pena da Mia, mas teve que aceitar, que ela fosse a julgamento. Desta forma, fica encerrada a estória que abalou Dallas. Fiquei muito aborrecido, mas,tudo terminou, fazendo-se justiça e  com um processo bastante claro e evidente.
                Dias após, o caso foi encaminhado para a justiça e marcado o julgamento dos dois réus. Aconteceu e o corpo de jurados pediu a condenação dos réus, com pena maior para Matt e menor para Mia.
                Ambos seriam encaminhados para a penitenciária de Houston que possuía as alas masculina e feminina. Julie, resolveu a ir para a Califórnia, onde tinha alguns parentes. Não quis mais continuar a viver em Dallas. A esposa de Matt, continuou o seu negócio, pois tinha um filho pequeno ainda, para criar.No mais, todos tiveram as suas vidas normalizadas após o ocorrido. Viveram em paz.

Alberto Metello Neves

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