Futebol Brasileiro: Seleção de Frouxos

Um time de astros que não é uma equipe. Os melhores do mundo que não fazem um grupo coeso. Com um time desses e depender de São Dida? Era para o ataque dar um show de bola. A defesa foi quem brilhou. Um técnico amorfo, teimoso na burrice, frio nas decisões, sem visão como o Felipão polivalente. Não viu o Zidane passeando em campo, leve & solto, de pedir para alguém colar nele, enxergar o óbvio? Cafu e Roberto Carlos acabaram. Lúcio foi o melhor do time. Cara e coragem. Gilberto Silva longe daquele campeão. Inútil. Kaká? Que piada! Lembrou os tempos dos morumbambis: canela de vidro. Pipocou. Juninho Pernambucano, o que poderia ter sido. Não foi. Amarelou. Ronaldinho Gaúcho o melhor do mundo? Pois é, o pior da Copa. Frustração e vergonha. Faltou garra, atitude. O gordo Ronaldo Balofo - o Presidente Lula tinha razão - ainda tentou, foi fominha, mas a bola não chegava, um buraco entre a zaga e o ataque. Ataque de riso? Fez chorar. Adriano? Um guarda-roupa que não coadugna com o futebol brasileiro bailarino. Pois é, no frigir dos ovos, touchê, uma seleção de frouxos, com um futebolzinho que beirava ao ridículo. Merreca mesmo. E a cara de pau do incompetente Parreira, teimando em colocar o serelepe Robinho. Que entrou e, em dez minutos jogou mais do que as estrelas todas. Foi uma mixórdia, mais a toleima de um técnico tantã. Hora de mudar. Trazer de volta o Felipão. Deixar de convocar algumas estrelas que pensam que pensam, que são ídolos de barro, que não reagiram, que não mostraram raça, vergonha na cara. O time perdendo e eles dando de ladinho, errando passos de um metro. Kaká foi um fiasco. Para jogar na seleção canarinho, tem que ter fibra, visão, vergonha, garra, reagir e partir pra cima. O que vimos foi um time amorfo. Quarenta minutos e os zagueiros recuando a bola pro goleiro. Atitude? Quantos desses derrotados, com, um futebol rastaquara - o sonho do hexa acabou - merecem mesmo vestir a camisa da seleção brasileira? Temos que repensar o futebol. Montar uma família, como Felipão fez com a seleção de Portugal. Fiquei com dó do Zagalo. Ele não merecia. Mas, convenhamos, a França mereceu. Atacou, defendeu, partiu pra cima. O Brasil parecia que esperava um milagre de uma finta, um craque, um momento mágico, um risco. Não aconteceu. Milagres não caem do céu. A Argentina está fora. O Brasil também. Se a França não despachar Portugal, torceremos pela Pátria-mâe. 180 milhões frustrados com o futebolzinho sem-vergonha, com um técnico omisso, com um time que não é uma família, sequer uma equipe completa e estruturada. Agora só daqui quatro anos. Voltemos ao futebol brasileiro. Esperar para ver o futebol do Cicinho no exterior, do Tevez no Corinthians, de nossos times renovando, porque alguns acabaram com essa derrota. É duro ver o Brasil perdendo com um bando de frouxos. A pátria de chuteiras chora. Não precisamos de pipoqueiros vestindo a nossa honrada camisa verde-amarela, ganhando milhões e jogando tostões. O poliglota Parreira não engraxou direito a máquina. Renovação total. Brasil, Hexa em 2010?

Silas Corrêa Leite

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