GERMANO  ROCHA
 
 

Por anos estive cego. Lia somente os clássicos e renomados poetas, não que não devam ser lidos e apreciados, mas esquecia os marginais, os de vanguarda, os da periferia, ou mais precisamente, os contemporâneos.
 
Julgo que a distância dos centros culturais e a falta de boas livrarias, tenha contribuído para o fato. Então, veio a Internet, que por bytes tortos, levou-me a conhecer e admirar poetas das mais variadas correntes e estilos, mas que em última análise, falavam com a voz da minha geração.

Foi no meio de Bonvicinos, Anas, Leminskis, Carlitos, Fredericos, Alices, Aschers,  Heitores, entre tantos, que encontrei Leila Míccolis.

Considero Leila daquelas que escrevem com bisturi, daquelas que carregam o coração nas entranhas, daquelas que navegam sem remos, daquelas que tem luz própria, estrela única.
Que força! Mulher!

Não citarei poemas seus, vou, modestamente, homenageá-la com este poema: