mulher falada

OFF  INTERNET

"Poeta lírica, de repente, ela nos desmente, é uma versão moderna Augusto dos Anjos misturado com Gregório de Mattos. (...) Leila corta com um bisturi, nos mostra como somos, ternos e violentos, angustiados e felizes, maldosos e sádicos, carinhosos, carentes. Ela é sarcástica, irônica, impiedosa e impagável. Nenhum outro poeta brasileiro me toca tanto, me reserva uma emoção, uma agressão, me apunhala, me deixa com vergonha das coisas que os homem fazem".

Ignácio de Loyola Brandão


"Enquanto Ana Cristina César abria, no conjunto do meu "26 Poetas Hoje", um espaço irreversível para a fala feminina através do olhar dissimulado, enviesado e diabolicamente cúmplice de um suposto leitor, Leila Míccolis rasgava a fantasia e se expunha de forma quase inconveniente, desenhando com pinceladas fortes os textos e subtextos da experiência social feminina destas últimas duas décadas. Leila, sem dúvida, produziu uma das primeiras obras na poesia brasileira, assumidamente feminista e assumidamente libertária".

Heloísa Buarque de Hollanda


"Leila possui a audácia  de trazer à cena de seus versos aspectos considerados antipoéticos e licenciosos, como num clima de libertinagem muito além da de Manuel Bandeira. Mas pela força artística com que ela trabalha o seu material, pela tonalidade humana que ela imprime em seus poemas, o que ela faz é alargar os horizontes de percepção da realidade brasileira".

Gilberto Mendonça Teles


"A história pessoal e poética de Leila  confunde-se com os enredos nacionais e, decerto, destaca-se no horizonte da nossa cultura. Ela é quem não se ausentou nos momentos de aflição, quando tantos duvidavam do nosso destino democrático. Onde fosse necessário, a vigilante Leila irrompia com valentia, quebrando a carapaça dos indiferentes e acomodados. Sua escritura, porém, ígnea e incisiva, era sempre poética, submissa aos ditames de uma estética singular. Sua fala decantada pelo severo exercício da poesia espelha, sem dúvida, a angústia do imaginário contemporâneo. E porque soube ela captar os ruídos dos sentimentos de sua língua e de seu país, celebramos hoje Leila Míccolis, esta poeta que integra e representa em tom maior a Poesia brasileira".

Nélida Piñon


"Em Achadas e Perdidas" (livro de contos) Leila deixa claro que há um inimigo bem próximo a combater, e ela é implacável com ele. Esse inimigo é a sociedade patriarcal burguesa e o universo de contradições que ela sustenta. É, como eu já disse, uma obra inteiramente pensada, quase um jogo de armar cujas peças se encaixam à perfeição". 

Aguinaldo Silva

"No MULHERES DA VIDA levei um choque com a agressividade daquele pequeno poema sobre as ciências físcas e contábeis, a que se resumem na prática (do mundo capitalista, é claro!) as relações que deveriam ser humanas entre o homem e a mulher. A primeira impressão foi confirmada: eu hoje ocupo uma cadeitra entre o seu RESPEITÁVEL PÚBLICO. Te aplaudo".

José Ramos Tinhorão, sobre o livro Resepeitável  Público


"Na nova geração de poesia de mulheres há desde a liberdade zombeteira de Rita Lee, ao feminismo explícito de Leila Miccolis, das delicadezas contundentes de Alice Ruiz à poesia pornô de Tereza Jardim".
 
Paulo Leminski, in Revista Veja (SP), 1984;


"Você conhece a poesia de Leila Míccolis? Ignácio de Loyola Brandão a define como Augusto dos Anjos ou Gregório de Mattos numa versão moderna. Heloísa Buarque de Hollanda a classifica junto inclusive com a poeta Ana Cristina César, como uma das poetas a abrir espaço para uma literatura feminina que, como costuma dizero jornalista Ismael Machado, não é certinha como queriam muitos, mas atrevida, libertária. Leila passeia pela ironia, pelo humor, pela raiva, falando através das muitas mulheres que há dentro dela".

Nilza Menezes

 

ATRAVÉS DA INTERNET

Merivaldo Pinheiro, no Blog Sociopoiesis, "A iluminada travessia de Leila Míccolis", em 5/1/2008: http://sociopoiesis.blogspot.com/2008/01/travessia-iluminada-de-leila-mccolis.html

Leila Míccolis transita no universo da linguagem, ora em prosa, ora escrevendo para a televisão, rádio, cinema ou teatro, mas sempre preservando a música do texto, o potencial rítmico da palavra.
A Leila Míccolis roteirista de televisão assina a co-autoria de uma das mais belas obras da teledramaturgia brasileira: a novela “Kananga do Japão”, exibida entre 1989/1990. A Leila militante pela Literatura Brasileira é a idealizadora e coordenadora do projeto “Poetas Brasileiros: quantos somos”, abrangente pesquisa que mapeia a produção poética brasileira de todos os tempos.
A Leila multimídia é fundadora e editora, juntamente com Urhacy Faustino, do Blocos Online, considerado um dos sites mais importantes do mundo pela UNESCO. Justiça seja feita: Leila Míccolis é ímpar, é múltipla. Essa pequena introdução não dá a medida do seu talento.
Sobretudo, a isca que desejo lançar aos leitores se concentra na poesia de Leila. Gosto de sua poesia, da voz que se desprende das palavras e cria imagens-bailarinas diante dos olhos. Gosto do jeito como sua poesia não se recusa à carne, não se limita a temas, mas se entrega como entidade aberta ao mundo.
A poesia de Leila se oferece ao leitor em sua face de labirinto: quando a saída parece fácil, repentinamente descobrimos que há ali um espelho e não exatamente uma passagem.
Por exemplo, no poema “Crescimento”: “Hoje faço oito anos/e aproveito para ser terrível/enquanto posso matar pássaros/ou afogar gatinhos./Depois vão proibir minhas maldades/e me restringir/aos filmes de guerra./”
O poema dialoga com “Meus oito Anos”, de Casimiro de Abreu. E, embora as diferenças de forma e lírica sejam patentes, prevalece a mesma nostalgia que, em Casimiro, está relacionada ao que se perdeu; em Leila, fala de como nos perdemos. A poesia de Leila é assim: aquilo que aparece na superfície do poema aponta para uma fala mais profunda, uma fala solitária, mas que a distingue da massa anônima.
Outro elemento marcante na poesia de Leila Míccolis é o poder de condensar as idéias, de elucidar uma faceta da realidade através do seu verso ágil, como poema “Eletri/Cidade”: “Na brutalidade do dia a dia,/ troque os choques de 1.000 watts/ pelos vates da poesia.” Ainda, o poema “Nostalgia”: “Ainda há marcas do nosso idílio:/pegaste doença/e eu peguei filho.” Um poema que, desde a fala mais profunda da poeta, expõe o poder que a memória tem de encantar o passado para que possamos sobreviver a ele.
Há muito mais. Porém, conforme reza o ditado, estou aqui para ensinar a pescar, e não para fornecer os peixes. Assim, quem quiser saber mais sobre Leila Míccolis procure informações sobre seus livros no linque: http://www.blocosonline.com.br/sites_pessoais/sites/lm/leila/leiladad.htm

Sandra Baldessin
in http://www.lucianopires.com.br/idealbb/view.asp?topicID=6298
25 de setembro de 2007

Reply de Antonio Carlos de Mattos:
"Olá daqui de Macau os meus parabéns. Linda página e já agora prazer em conhecer alguns autores que desconhecia, a  fantástica Leila Míccolis, por exemplo. Sou um produtor de rádio português com um interesse grande na spoken-word. Gosto de textos para "dizer" na rádio e ando sempre a pesquisar novas formas de escrever o português. Tenho lido no meu programa várias poesias extraídas da sua página".
 

João Pedro (Macau/China)
"Estive a ler e a imprimir poemas seus e fiquei deveras admirada com o que que li, nomeadamente dois: um sobre a Ásia e outro sobre Camões".
 
Mikas (Portugal)
"Grande Leila!
Você é uma fera, fiquei realmente impressionado com o fato de você resumir a tão poucos linhas, e tão poucas palavras, idéias das mais variadas e importantes. Nossa, você escreve muito bem! A sintetização da sua poesia é realmente fantástica, em poucas linhas grandes idéias, em pequenas frases grandes palavras, é realmente muito bom o seu trabalho, gostei muito mesmo, parabéns!!!".
 
Paulo Aguiar
"Em primeiro lugar, sinto-me lisonjeado e grato pelo contato... Acredito  que seu nome dispensa maiores apresentações. li com vagar alguns dos seus poemas e gostei do jeito discursivo com que você aborda temas já consagrados. Não diria que se trata de uma poesia lírica.  Os sentimentos estão talvez implícitos nos versos, não na sua forma.  Os temas abordados, eu diria, são tratados a ferro e fogo. Permeia o seu imaginário poético uma boa dose da verve feminista - mas eu não  diria que é uma abordagem lugar comum.  Gostei particularmente do "Rumble Fish" e de todos os poemas publicados no Ausências ("Referencial" é uma delícia de poema...)".
 
Paulo Roberto Santos Lima

"Acabo de ler "ciclo clássico" dos ciclos poéticos de Leila Miccolis: bela surpresa! Seguindo a trilha normal ao poeta, no caso poetisa, Leila mostra, em "Vozes d'Ásia", trovas e sonetos, que foi, é e será sempre capaz para os temas sociais e líricos, ali vividos com intensidade e lealdade.
Os seus ciclos poéticos nos criam, de repente, uma Leila com um problema existencial polimorfo. Será necessário que se fale sobre cada etapa da sua vida (obra), até que um dia o último ser que pulsa dentro dela expire e, então, a ponte entre o nascimento e o final da vida estará completa, um dia. Mas até lá espero que corra muita água por baixo da ponte e que outros ciclos se componham, se exteriorizem...
A poética de Leila, desde "Vã filosofia" é um estado de espírito contra o machismo. E atinge o ápice quando o homem é reduzido a "cabeça para pensar mulher, bolsa para pagar e membro para foder". Finalmente, os super-homens, os super-heróis, tornam-se figuras ridículas a ponto de que talvez seja necessário retirar da palavra homem o H mudo. Arthur Shopenhauer deve andar se revirando no seu túmulo, ao se lembrar de que um dia afirmou, mais ou menos o seguinte: "A mulher é um animal de cabelos longos quadris largos e inteligência curta", num dos momentos mais infelizes da sua carreira de pensador, movido por algum secreto e inconfessável problema freudiano...
Leila "explode em violência "dentro"  do silencio dos que cinicamente institucionalizaram o machismo como doutrina definitiva, capaz de alimentar o mito de que as mulheres são seres inferiores...
Leila abre a "Jarra" dada de presente a Pandora, por Zeus", libertando, com sua recusa a ser domada pelo institucional, todos os defeitos e virtudes do ser humano que é e tem sido em sua experiência existencial...
Pandora dos novos tempos, "vulcão coberto de neve", Leila faz da sua poética irmã gêmea da própria vida. Lealdade existencial e poética é o que encontro na poética leiliana, ou "leilaiana"...
Iconoclasta, Leila propõe uma reflexão sobre a condição humana, seja a do homem seja a da mulher...
Apenas lembraria à poetisa quem nem todo mundo "pisa a poetisa", pois há, também, aquele que "alisa", que afaga, sabemos todos nós..."
Luiz Nogueira Barros


"Li alguns de seus poemas, ainda não todos. Adorei "Engorda" e  gostei muito de "Por Mares Nunca D'antes Navegados". Gosto muito dessa sua clareza de expressão, do uso simples da língua de todos os dias mas  que vai direto ao alvo, de uma grande riqueza".

Regina Joye-Reginato

"Oi, Leila !  Indiquei o PD para uma amiga ex-virtual de SP, que acabou de me mandar um mail falando sobre quem????? Vc !!!!!!!!!!!!!!:-)) Sim, elogiando ao máximo sua poesia CICLO INTERNET-TECLAS DE ATALHO! Que aliás, é divina, mesmo !!!! Aí eu falei pra ela reparar na BRIGA VIRTUAL !!! Muito 10!!!:-) Nada poderia ser mais atual ! Amores virtuais e seus problemas !! Olha, lendo o que vc escreve de uma forma geral, fico imaginando no quanto vc deve ter sido perseguida no início ou até hoje, não sei.  Perseguida no sentido de chocar as pessoas, pq o que vc escreve é muito arrojado, inovador ! Que exige uma certa coragem, com certeza ! Meus parabéns !!!:-)"
 
Luz

"Leila: não sei se hoje é noite de lua cheia porque o céu está nublado.  Sei lá se é por uma lenta e gradual leveza que vem tomando corpo, junto à minha alegria tímida/espalhafatosa... Mas acontece o seguinte: andei poraÍ, nas páginas de poesia e encontrei o teu A SECO e o teu incrível Hulk e me peguei às gargalhadas... juro...  Eu não consegui me conter, gargalhando desbragadamente por um longo tempo... Uma gargalhada daquelas orgásticas, sabe? Daquelas que da gosto de voce mesmo se ouvir, catártica.  Será que é isso mesmo? Não seria um efeito paradoxal do texto?  Custo dizer isso a alguém, e geralmente não digo quando acho, mas voce é ótima, seja lá em que clima for. Teu texto é definitivo, pra mim. Eu acho que a gente sente quando alguém é aprendiz ou apenas usa de um intelectualismo textual pedante, sabe (eu sou)?  Mas você, minha querida, é perfeita (lógico, dentro daquele parâmetro onde cabem todas as imperfeições natas ou adquiridas), teu texto é enxuto, quer dizer não economiza as palavras mas as coloca no ponto certo, como um carburador bem regulado... (junto com o Chico Buarque e toda aquela rapaziada, nas canções que costumo escrever).  Muito obrigado pela tua presença nessa noite estranha, onde a solidão que me cerca (solidão conquistada) faz reverberar meu riso pelo quarto".
 
Vito Cesar Fontana

"Olá, Leila. Cheguei de viagem, vi seu email no meio de tantos. Como sempre,  você continua sendo a grande batalhadora que sempre admirei. Parabéns pela página, e que Deus te ilumine sempre, PAULO ".
Paulo Coelho