Museu da Inconfidência, prédio onde se sediava a antiga Casa da Câmara
e Cadeia, na época da rebelião mineira.  Na foto, o "Panteão dos Inconfi- dentes", local onde se encontram os restos mortais dos participantes do movimento da Inconfidência Mineira,  repatriados em 1936, por ordem do governo de Getúlio Vargas.
Fonte: http://www.degeo.ufop.br/Portugues/OuroPreto/mi_galer.htm

Hino a Tiradentes (*)

Salve, salve, ínclito mártir,
Resplandecente farol!
Da aurora da liberdade
Foste o sangrento arrebol.

Em soberbos monumentos
Grave a mão da pátria história:
- Maldição a teus algozes
Ao teu nome eterna glória.

A tua cabeça heróica
Sobre vil poste hasteada
- Liberdade - Independência
Até hoje inda nos brada.

Em soberbos monumentos, etc.

Do teu mutilado corpo
Os membros esquartejados
Foram ecos rugidores,
Aos quatro ventos lançados.

Em soberbos monumentos, etc.

De teu sangue generoso
Esta terra rociada
Fez brotar da independência
A semente abençoada.

Em soberbos monumentos, etc.

Esse sangue derramado
Pelo brutal despotismo
Foi da pátria brasileira
O sacrossanto batismo.

Em soberbos monumentos, etc.

Desde então à tirania
O férreo braço adormece,
E o formoso sol dos livres
No horizonte resplandece

Em soberbos monumentos, etc.

Salve, salve, ínclito mártir
Sanguinolento farol,
Que acendeste no horizonte
Da liberdade o arrebol!

Em soberbos monumentos, etc.

                                                        Bernardo Guimarães
                                                                            Ouro Preto, abril de 1882

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(*)  Composto por ocasião da comemoração do 9° decenário da execução do infeliz mártir da liberdade, e posto em música pelo maestro Emílio Soares de Gouveia Horta
Enviado por: Belvedere
 

 

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