MULHER

Entrego-me a ti e,
nesta entrega, submeto-me, mulher!

Não pagas o preço da minha submissão?

Então, faço-me criança
no improviso de uma canção.

Criança não te agrado?

Bem... torno-me anciã,
no lamento de uma recordação.

Não te interesso assim?

E se fico selvagem?
Assim te faço medo?
Quem sabe! Inseto?
Também não...

Pedra?
Não!

Sinto!
Já fiz a entrega!

Tens-me, agora,
mais mulher!

Sandra Falcone

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