MÃEMãe! Quando eu vejo um berço onde se inclina
A mais santa mulher que o filho agrada,
Lamento a minha vida e a minha sina
Que me fez te perder na infância amada.De então, pela existência peregrina,Ai! Quem me dera te tornar à vida
Falta-me tudo — mãe! — não tenho nada
Que me dispense a graça pequenina
Duma amizade desinteressada.
Para inda ouvir a tua voz querida
E em teus braços maternos repousar!Porque somente o que tem mãe no mundo
pode encontrar no seu amor profundo
A fé e o alento para crer e amar.Mário Barreto França