TRANSMUTAÇÃO

Era Maio, bem lembro
e, como um facho de luz
de enternecido encanto,
 seu olhar meu olhar seduz.
Pela janela amarela,
vidraça só minha,
o sonho se ausentava.
Ao longe eu me via,
na curva da estrada;
era nova a realidade
que  me embalava.
Como se fosse a folha,
no vento outonal voava,
daqui para ali,
de lá para cá,
sem mais controle,
à mercê do destino.
Era Maio, eu bem lembro,
o dia em que nascias
entrou no calendário,
como um dia de magia.
Eu? Quem diria ?
Deixei de ser só filha
para ser sua mãe, querida!

Rose Faé

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