SACIEDADE DOS POETAS VIVOS DIGITAL - VOL. 8

ILMA FONTES - Psiquiatra e Legista, trocou a Medicina por Jornalismo, Cinema e Ativismo Cultural. Seu curriculum tem diversas páginas de prêmios e atividades em diversas áreas. Aqui transcrevemos um resumo mínimo. Livros: “Melhor de Três – Roteiros para Cinema”/1987 e “A Fúria da Raça” – Roteiro para Seriado de TV (1997). Escreveu, produziu e dirigiu junto com Yoya Wurch os filmes: “Arcanos (O Jogo)” (1980) e “O Beijo” (1980). Produtora, roteirista e diretora do curta “A Taieira” (1986), do seriado de TV “A Última Semana de Lampião” (1986). Dirigiu o Departamento de Produção da TV Educativa de Sergipe (1984/1987), onde fez inúmeros documentários e direção de cinco programas semanais: TeleSaudade, Primeira Chamada, Som-Vídeo, Aperipê Especial e Forró no Asfalto, além de produzir e dirigir todos os vts institucionais da TV Aperipê – Canal 2; Prêmio Anchieta de Teatro – Festival Nacional de São Mateus/ES – “A Fina-Flor”, em parceria com Yoya Wurch, com quem roteirizou o filme “Minha Vida em Suas Mãos” – longa-metragem filmado e lançado no Rio/2001, produzido e protagonizado por Maria Zilda Betlhem. Presidente do Conselho Municipal de Cultura (1995), Presidente da Funcaju (1996), Vice-Presidente do Conselho Municipal de Cultura (1997), Membro do Conselho Estadual de Cultura (2001-2005), Membro do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (2003-2004). Prêmio ASI de Direção de Teatro/1995 com a peça “As Criadas”, de Jean Genet. Prêmio Arlequim de Mármore/UFS/1995, Direção de “As Criadas”; Sócia fundadora e Vice-Presidente da AMART – Associação Amigos da Arte, Fundadora/Editora do Jornal O Capital (que circula desde 1991), e que foi considerado “The Best of the World Journal Cultural” pelo IWA/EUA/1995. Senadora da Cultura pelo Congresso da Sociedade de Cultura Latina - Seção Brasil/SP, diplomada em 11 de maio de 2004.
E-mail: ocapital@infonet.com.br

Página individual de poesia em Blocos Online


      Emoções baratas

Bilhete de amiga

Oração para todas as mulheres do mundo

     

      Confidência de Aracajuana

SuperEgo

Declaração dos Direitos Universais da Mulher

 

Confidência de Aracajuana

  
              Da série Pornografando Drummond



Há anos morri em Aracaju,
principalmente no dia em que nasci.
Por isso sou gay, orgástica: de nuvem.
Dois por cento de cajuína na alma
dois por cento de fel nas calçadas
e esse alegramento do que na vida é
pluralidade e solidão.

A vontade de amar, que me impulsiona
o trabalho, vem de Aracaju, de suas noites
azuis onde sobram mulheres e horizontes.
O hábito de mexericar, que tanto dilacera,
é amarga herança aracajuína.

De Aracaju levei poucas prendas
que posso oferecer: um búzio sujo
de petróleo, que trago no peito
um pensar desembestado como um defeito
essa falta de jeito, nenhum sofá
nem sala de estar, nada em volta.

Tive mesas, tive cadeiras, tive divãs!
Hoje, não sou funcionária pública. Nem
médica psiquiatra. Jornalista por ofício
com vício de cineasta, viro
o videócio na videocidade. Saudade.

Aracaju é apenas um cu
– mas como dói!

Ilma Fontes
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Ilma Fontes

 
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