SACIEDADE DOS POETAS VIVOS DIGITAL - VOL. 9


© Foto de Flauzineide Moura

JANIA SOUZA - Potiiguar, escritora, artista plástica, ativista cultural. Sócia fundadora da Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do RN – SPVA/RN; APPERJ; Clube dos Escritores de Piracicaba/SP; Movimento Poetas del Mundo. Organizou 06 volumes da Antologia Literária SPVA/RN. Participação em diversas coletâneas nacionais, dentre elas das editoras Komedi, D'Selchi; Perfil e Caderno Oficina da APPERJ; Novos Poetas Natalenses da Biblioteca Municipal Esmeraldo Siqueira – FUNCARTE; Fazendo Arte, volume I e II do Sindicato dos Bancários do RN em 1998/ 99 e 2008. Em 2007, lançou “Rua Descalça – poesia”. Ainda em 2009, lançará livro infantil, prosa, “Magnólia, a besourinha perfumada” e o livro de poesia – “Fórum Íntimo”. Realizou várias coletivas de artes visuais e duas individuais. Sua obra, óleo s/ tela, “Paisagem Ribeirinha” compõe o acervo da Pinacoteca do Estado do RN. Membro titular da Comissão Normativa da Lei Municipal de Incentivo à Cultura Djalma Maranhão para os biênios 2002/03 e 2004/05 e suplente para 2009/10. Membro titular do Conselho Municipal de Cultura do Município de Natal em 2004. Participação no volume 5 e no volume 7 da Saciedade dos Poetas Vivos - Digital.
Sites: http://www.spvarn.org
Blog: http://www.janiasouzaspvarncultural.blogspot.com

Contatos: janiasouza@uol.com.br
Página individual de poesia em Blocos Online


           Quando me enamoro...

Sentidos

Taça de palavras cruas

     

           Lençóis e fronhas

Saudade

Bênção

 

Lençóis e Fronhas

Há no ocaso do amor
Certo quê de noturno.

Madrugadas de abraços
            Adeus.

O peito, baú da saudade
Guarda o silêncio do beijo.

Entre lençóis e fronhas
Há apenas a senilidade
Do primeiro encontro.

Enquanto perdas sucessivas
Sem a probabilidade da cura
Registra contabilmente
Falta de olfato, de tato, de cheiro

De desejo.

Livros sepultam-se na estante
Sentimentos no ataúde.

Mínimos detalhes dançam na letargia
Dantes impercebíveis agora formatadas
No escárnio da despedida.

Rugas suplantam briga
Incompreensão, desinteresse
Ódio acorda na cama
Antes compartilhada com flores
Carícias e doces íntimos segredos.

Há leve resquício salino
Lembrança melancólica do mar
Em sua permanente solidão.

Jania Souza
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Jania Souza

 
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