Christina M. Herrmann  

Christina M. Herrmann é poeta, webdesigner. Carioca, vive atualmente na Alemanha. Comunidades no orkut: "Café Filosófico das Quatro", "Sociedade dos Pássaros-Poetas" ambos de entrevista e "Orkultural" em parceria com Blocos Online.
Blog: <http://www.chrish.weblogger.terra.com.br>. Página pessoal no Orkut: <http://www.orkut.com/profile.aspx?uid=3958990305271197129>

Coluna 24 - 2ª quinzena de agosto
próxima coluna: 08/09

Estamos chegando ao final do mês de agosto... Não, não somos supersticiosos, é porque o mês que vem tem um significado importante para nós: Será o Primeiro Aniversário da Coluna e Comunidade ORKULTURAL. Teremos, então, duas edições especiais em Setembro, nas quais publicaremos os depoimentos postados por amigos leitores, proprietários de comunidades parceiras, poetas e artistas que acompanham nossa coluna e/ou participam da nossa comunidade no Orkut.

Fiquem atentos aos anúncios de comunidades, poemas e pesquisas que trazemos a vocês neste número, assim como os Highlights de entrevistas no Café Filosófico “Das Quatro”, com um trecho do bate-papo com o Físico, Matemático e Cosmologista, Ernesto Von Rückert. Leiam também a belíssima crônica “Do Amor, de Tekka Whitman”.

E até a edição especial, na próxima quinzena!



C O M U N I D A D E S

Direitos Autorais
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=10899928

E studo do Tao Teh Ching
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=5005509

Banda Forró Nordestino
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18204505

 

 

P O E M A S   D A   Q U I N Z E N A

"Sobras de uma espera" 21/07/2006 16:21

A noite me dizia incertezas
Sobre a mesa
Sobras de uma espera
Na janela, eu buscando em vão
No vão do mundo
O teu olhar, a tua voz, tua presença
Eu, e meu desejo profundo
De que um beijo
Firme ainda mais a minha crença
De que te amo
Mesmo na tua ausência

Varley Farias Rodrigues

 

Centelha 31/07/2006 16:22
Se penso
E repenso
Nada acontece
Alma permanece no escuro
Mas quando me sinto:
- Logo existo -
Centelha de luz
Que me escolhe,
Isola,
Identifica,
Entre os seres do mundo!

Maria Lúcia de Almeida



D E S TA Q U E S   D A   "T R O V A D O R E S   N O T U R N O S“

[Do tópico de Haikais ]

18/05/2006 05:16
A bola na rua
viva atravessa pulando.
Criança brincando.

José Solha


19/05/2006 20:05
Lágrima corre
Dentro d'alma do poeta
Silente, morre.

Olga Regina


21/05/2006 07:43
Nos olhos da Chris

Estrelinha sorrindo
Me diz: sou feliz...
Aurea Charpinel


22/05/2006 10:18
Chove lá fora
Os pássaros festejam
Brindam à vida

Célia Veríssimo 

 


H I G H L I G H T

[De entrevista no Café Filosófico “Das Quatro”]

29/01/2006 10:09
A Física é a mais fundamental das ciências e, na Física, a Cosmologia é a parte mais filosófica e profunda. As verdades que ela estabelece têm implicações profundas nas concepções do mundo, da vida e de tudo. O cosmologista (ou cosmólogo) é a pessoa que estuda a orígem, a estrutura e a evolução do Universo como um todo (aliás, o Universo é o todo).

Poder-se-ia perguntar: para que serve saber isso? Qual a utilidade prática desse conhecimento?
Primeiramente, nem tudo precisa ter utilidade prática. Certamente as belas-artes não têm utilidade prática. O homem tem um ânsia de saber sua origem e seu destino. Antigamente os oráculos e os profetas davam essas respostas. Hoje é o cosmologista que pesquisa e busca essas respostas. Mas há uma diferença. O conhecimento mitológico fundamenta-se meramente em suposições dos "iluminados" que com o poder de convencimento que possuem, fazem-nas serem aceitas pela população. O cosmologista é um cientista. Ele não "crê" e nem "acha" nada. Ele propõe hipóteses e as testa pelos critérios de evidência fática ou comprovação lógica. Mas sempre sabe que sua explicação é uma aproximação provisória da verdade. A verdade é a sua balisa, mesmo que ela destrua suas mais caras convicções.

Assim o cosmologista é como um poeta ou um compositor que constrói a "Sinfonia do Universo" que é, certamente, a mais explendorosa obra existente, pois é, simplesmente, o todo.

 

29/01/2006 10:32
Física e Matemática costumam ser o "bicho de sete cabeças" da moçada. Que fiquem tranqüilos, ele tem apenas seis cabeças...

O problema é de duas ordens. A primeira é, de certa forma, incontornável. Pessoas nascem com aptidão para umas coisas e falta de aptidão para outras. O conceito de "Inteligências Múltiplas", de Howard Gardner, explora bem isso. Física e matemática requerem a inteligência lógica, a espacial e, também, a línguistica, para expressar o resultado. Há pessoas que são menos dotadas dessas inteligências, podendo ser bem dotadas de outras (ou não).

Apesar disso é possível aprimorar, desde a primeira infância, as conexões neurais responsáveis pela formação da inteligência, se a criança for adequadamente estimulada para tal, principalmente por meio de associações sensoriais (visual, auditiva, olfativa, cinestésica, tátil, térmica e outras) e mediante atividades lúdicas específicas.
Mas, dentro na normalidade da população, qualquer pessoa poderia ser capaz de assimilar a maior parte dos conceitos físicos e matemáticos, se a própria escola não se encarregasse de aterrorizá-las com eles.

Malba Tahan, de saudosa memória, sempre bateu por uma didática da matemática que a tranformasse em uma "boatematica", levando os alunos, desde cedo (isto é essencial) e sempre, a fruir prazer em estudá-la. Com a física é a mesma coisa. o professor precisa saber despertar o deslumbramenteo pelo conhecimento de como a natureza funciona. Para isso ele mesmo tem que ser assim. Daí eu volto à questão das licenciaturas. Lecionei Didática da Física e pude ver como é difícil reverter o modo com que os próprios professores encaram sua disciplina. Mas não é impossível. As provas do ENEM estão aí para mostrar como isso pode ser feito e já estão influenciando os currículos dos crusos médios. É um trabalho para muitos anos.

Ernesto Von Rückert
[Físico, Matemático e Cosmologista]

 

 

O   Q U E   V O C Ê   E S T Á   L E N D O?

13/08/2006 10:40
Terras do sem fim...do Jorge Amado... Fascinante...
Alian Moroz

Eu também estou no tcc 13/08/2006 13:57
... e estou lendo "Teoria Tridimensional do Direito", "Experiência e Cultura" e "Filosofia do Direito", os três de Miguel Reale. Além claro de Santo Agostinho (Cidade de Deus...), Santo Tomás de Aquino (Suma Teológica), Sánchez Vázques (Ética)... e mais uns dez outros títulos.
Bem, e para descansar a cabeça, leio poemas...Apaixonei-me por Fabrício Carpinejar... Será que sobrevivo? (kkkkkkk)
Beijinho
Ivy Menon

13/08/2006 19:51
"Os Irmãos Karamazóvi", de Fiódor Dostoiévski.
Pedro Bertram

Zen e a Arte da Manutenção de Motocicletas 14/08/2006 20:00
Nesse livro, o autor, Robert Maynard Pirsig, faz críticas aos dogmas estabelecidos, seja pela religião, pela ciência...
Anthony Clerton

16/08/2006 05:36
Relendo Demian de Herman Hesse.
Paulino Vergetti

 

 

O   Q U E   V O C Ê   E N C O N T R O U   N O   O R K U T?

11/08/2006 07:53
O interesse pelo trabalho do amigo Valter Rodrigues trouxe-me ao Orkut, as comunidades sobre Cinema e Psicanálise inicialmente, e foi a convite deste querido amigo que amizades, agenciamentos despontaram, tais como primeiramente o convite ao CF4, uma beleza a mais nos meus dias. Paulatinamente, como o tempo disponível é menor que gostaria, fui encontrando referências, ressonâncias afetivas antigas e novas. O Orkut neste sentido é uma via de construditivade coletiva que gosto muito. Subsjetividades raras, afetos aos quais sou eternamente agradecida.
Virgínia Fulber Além Mar


12/08/2006 06:38
Encontrei no Orkut um espelho da sociedade contemporânea sem as máscaras comuns ao relacionamento pessoal no qual, premidos pelas circuntãncias, os afetos, os ódios, os preconceitos, os sentimentos são ocultos com maior ou menor habilidade. Sem a repressão social, pessoas aqui desnudam suas emoções, seu talento ou mediocridade, a carência de atenção, de amizade, de amor, aquilo que se oculta nos escaninhos secretos da alma.
Antonio Carlos Rocha

12/08/2006 11:02
Encontrei no Orkut uma diversidade de pessoas e de comunidades, já sorri, chorei, transmiti e recebi conhecimentos, boas energias, carinhos... E, sobretudo, constatei que existem sentimentos e atitudes nobres neste universo cibernético.
Claudete Shinohara

12/08/2006 22:30
Chris, quase sem expectativas.
Entrei naquela época em que convite era difícil, mas entrei e sumi também. Mal postei. Uns oito meses assim.
Daí resolvi entrar mesmo, conhecer, interagir e etc.
Mas hoje eu acho o Orkut meio monótono, embora me supreenda com muita coisa aqui ainda, só que menos.
Hoje eu acho que separo melhor o joio do trigo aqui, o que é até normal depois de conhecer bem.
Eu uso para aprender, trocar informações e me divertir. Para poetar também.
Amizades, afinidades... Acho que hoje eu já consigo encontrar melhor as coisas com as quais me identifico.
Acho que tem surgido comunidades melhores também. Os próprios usuários estão mais conscientes.
O que prende aqui é realmente a diversidade (e ainda assim, às vezes falta).
Encontrei pessoas que valem muito a pena e não sei se isso seria possível sem Orkut.
É questão de você definir como vai querer isso aqui. Dá para escolher.
Loahn  O'Donnel  
 
13/08/2006 03:57
Oi Chris! Também resistí aos convites e acabei cedendo. O engraçado é que as comunidades que escolhí participar efetivamente, restringiram-se apenas a duas ou três. Supreendentemente, são comunidades ligada à cultura e ao sentimento. Confesso que supreendi-me mesmo! Acho que que nem eu mesma sabia que gostava tanto do assunto.
Olívia Paz 




CRÔNICA

Do Amor

Tekka Whitman

"O amor é um castigo. Somos punidos por não termos podido permanecer sós."
[Margueritte Yourcenar]

O amor não diz o próprio nome: aguarda. O amor não usa bagagem: quer voar. O amor sofre dos nervos e dá gastura. O amor é bipolar: tem ataques de mania e depressão. O amor cabe na palma da mão, mas é incomensurável. O amor se diz infinito, e baixa à terra.

O amor é filho da pobreza com a necessidade: mendigo em manto de majestade. O amor se diz livre e traz grilhões. O amor diz que nada quer e a ele damos tudo. O amor é corriqueiro, banal, fugaz, mas renitente. O amor é uma consoante fricativa. O amor é audaz, mas ruboriza. O amor é um dos estados da matéria: líquido, sólido, gasoso. O amor desafia a gravidade. O amor é um vírus mutante. O amor não tem cautela. O amor se grita dos telhados e se segreda aos ouvidos. O amor é frágil como um ovo. O amor é complacente e se conjuga no subjuntivo.

Amor é da família dos insetos: cheio de grilos, vaga-lume aceso na escuridão, pálida e delicada libélula. Amor é a palavra-prostituta: moeda das trocas afetivas, vale-ticket da solidão. Amor é droga pesada, arma quente, psicodisléptico. É anúncio de néon em beira de estrada, esplendor na relva, setestrelo no céu. Dama-da-noite.

Amor é cumulus-nimbus, sujeito a chuvas, trovoadas e turbulências. Amor é aridez e fonte súbita no deserto. Amor é a rosa dos ventos, delta de rio, vale verde na montanha. Flor do cerrado, planta carnívora, samambaia-açu, comigo-ninguém-pode. Dedaleira venenosa, alcalóide mortal, estricnina.

Amor é cica de fruta verde. Cobiçada maçã, esparramada videira, espinho de abacaxi, sangue de melancia. Bruma, fuligem, diamante bruto, pedra de sal, carvão. Aurora, horizonte, sol poente. Amor é um Livro de Horas: vigília, matinas, laudes, vésperas. Amor é uma ferida corto-contusa lacerante. Amor é uma Medida Provisória. Amor é a 2ª Lei da Termodinâmica. Amor contém em si sua própria entropia.



DICAS E EVENTOS ORKULTURAIS

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