POESIA PARA MUDAR O MUNDO - 2013 - BLOCOS ONLINE
Márcia Sanchez Luz
MÁRCIA SANCHEZ LUZ – Natural de São Paulo, capital, Márcia formou-se em Literatura Inglesa e Francesa. É escritora (poesia e prosa), pedagoga e tradutora de Inglês e Francês. Iniciou sua vida profissional como tradutora e redatora, tanto de manuais técnicos como de normas de documentação e projetos na área de Informática. É autora de diversos trabalhos de tradução e versão técnica nas áreas de alimentos, refrigeração e informática. Na área de Psicologia, desenvolveu um trabalho voluntário com crianças limítrofes. Escreve poesias desde os nove anos de idade, sempre se mantendo, por opção, no anonimato. Em novembro de 2006 decidiu que chegara a hora de partilhar relatos de suas vivências, até então interiorizadas. Atualmente vive no interior de São Paulo, onde continua com seu trabalho de tradução, além de ministrar aulas de Inglês e Francês. Títulos: Escritora Imortal, pela Academia de Letras do Brasil. Cônsul Poetas del Mundo. Verbete na "Enciclopédia Escritores Brasileiros" da Real Academia de Letras. Livros editados: "Quero-te ao som do silêncio!" (2010); "Porões Duendes", "No Verde dos Teus Olhos" (2007), os três pela Editora Protexto. Antologias: "Saciedade dos Poetas Vivos", volumes 4, 9 e 12 em Blocos Online, onde tem suas páginas individuais de poesia e prosa. Trovas premiadas e publicadas na Antologia "Projeto de Trovas para uma Vida Melhor" (UBT). "Antologia de Natal", em Blocos Online (2009 e 2010); "1ª Antologia Poética Contemporânea" (Editora Protexto, 2010); "Melhores da Poesia Brasileira" (Editora All Print, 2012) – soneto agraciado com o Prêmio Cultural Bem Te Vi; "Antologia de Poesia Celeiro dos Escritores" - Litteratus (Celeiro de Escritores, 2012) Entrevistas concedidas: À Mona Dorf, jornalista de O Estado de São Paulo, para o programa Letras & Leituras; A Luiz Eduardo Caminha, âncora do programa Stammtisch (TV GALEGA, Blumenau). Blogs: O Imaginário e Márcia Sanchez Luz.
marciasl2001@yahoo.com.br

Sol da meia-noite...

Com você,
cada manhã
é um novo susto.

Fazendo as contas...

Tiraram-me os discos,
meus sonhos jogaram
na lata do lixo.
Deixaram-me os livros,
meus medos guardaram
junto aos meus rabiscos.
As noites que eu tinha
trocaram por dias
às vezes escuros
como o céu sem lua.
E eu me sinto nua:
coito prematuro
beirando a ironia
de uma dor rainha.

Vestido

Não é pretinho básico
nem couro
nem veludo.

É luto.

Luto II

Há que chorar
(da dor até o último fruto)
e lembrar cada minuto
do precioso tempo
em que vivemos juntos.

Márcia Sanchez Luz
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