Culto aos mistérios do passado
na vivência do mundo de agora

lembranças da encarnação no Sul da Índia (como Tamul Nadu) com reflexões místicas sobre sua vida atual
COLUNA QUINZENAL DE CLARISSE DE OLIVEIRA
autora do livro “Mistérios” (Ed. Europa)
Nº 33 - 23/12/2010
(próxima: 23/12/2010)

DIFÍCEIS APRENDIZADOS


A SOLIDÃO DA MULHER SÓ

Os Espíritos incorporados, nos Centros Espíritas, me perguntavam quando me aproximava dos seus médiuns intérpretes:
- Noutra Encarnação você foi Pitonisa, sabe sua missão de agora?
Eu dizia que "sim", mas o que ia poder fazer com a experiência de uma pitonisa, que não existe mais?
A minha penúltima Vida na Terra, foi no Sul da Índia.
Lá, não existem pitonisas, mas a liberdade de Amar, o Amor Terrestres Sensual, estava liberado para mim, que era pobre, mas queria amar... e o amor que cultivei e escolhi, me levou à morte "num acesso de ciúmes" — com esse ato de violência, ficamos, eu e "ele", separados, e aí começou a Solidão.
As pitonisas só viam a gélida vida em sua volta, o frio dos mármores dos templos, os seus pés descalços sobre o frio das pedras dos chãos.
Em Pompéia, os templos perderam seus tetos pelo acúmulo das cinzas do Vulcão Vesúvio, e me lembro que no pátio aberto do templo ao deus Apolo, colhi uma papoula do canteiro paralelo ao muro, e enterrei a flor em meus cabelos, como homenagem aos deuses sem a corte dos adoradores humanos - olhei em volta... o grande templo deserto e a Solidão que cobre com um véu de Silêncio, a cidade sem túmulos para os que ali viveram...
Por enquanto, não tenho túmulo, nem Vida em volta... a não ser os cachorros que me fazem companhia.
Não tenho Templo para a "Minha Religião", a não ser o Jardim iluminado pelo clarão da Lua, a deusa Diana; do Egito, é o templo "Saudade" e da Índia, as recordações vivas e constantes que o Decreto da Existência, "pela proximidade" da encarnação, enfeita minha vida com uma ilusão colorida e festiva.
Até eu compreender que a Solidão é uma Iniciação Secreta da Compreensão da Razão de Existir.

 

flor de lótusflor de lótusflor de lótus

 

PERGUNTAS E RESPOSTAS

Se somos parte de Deus, bastaria recolhermo-nos ao nosso Templo Interno, para sentirmos o que desafina com a Harmonia Divina. O que desafina com a Harmonia Divina, desafina também conosco.
Tentando adaptarmos à Divindade, lutamos nesse Mar Interno, em que tudo conspira contra podermos boiar sobre as águas que nos sufocam, podendo nos afogar; tentamos nadar... às vezes, conseguimos descansar um pouco... tentamos boiar, e as águas passam sobre nosso rosto, entupindo nosso nariz, fazendo-nos sacudir a cabeça para expelir a água que nos sufoca...
Nosso objetivo é chegarmos a um porto ou rochedo, onde possamos subir, para descansarmos um pouco e recobrarmos forças; mas, percebemos que não nadamos ou boiamos como devíamos... por quê?
É como um pesadelo... desconhecemos o Oceano onde lutávamos desesperadamente...
Como nos harmonizarmos com esse Oceano, sendo humanos? E mesmo sendo peixes, ou algo mais afim com as águas, sobreviveríamos?
Penso que, harmonizarmos com o Oceano é uma coisa, e harmonizarmos com Deus, é outra coisa...
A figura mitológica da sereia grega, às vezes, mulher humana da cintura para cima, e da cintura para baixo, um rabo de peixe, poderia nos fazer imaginar a nós, como algo de Deus, e humano, ao mesmo tempo...
E como desfazer essa Humanidade, para na fusão com Deus Criador, termos um pouco d`Ele, um "pouquinho" que poderia ser já um Ambiente Divino?
Se nenhum lugar da Terra pode nos ajudar, apesar de que, sendo tudo "Deus", como encontrarmos o Ponto Mágico que pode nos conceder a "compreensão" da Essência Divina?
Revertendo-nos para dentro de nós mesmos?
Resposta da amiga Lourdes:
- Sem Vaidade
- Na Simplicidade
- No Silêncio.

                                                                       

flor de lótusflor de lótusflor de lótus

HUMILDADE NA PERFEIÇÃO DIVINA

Quem somos nós para nos avaliarmos a nós mesmos?
De nos avaliarmos a nós mesmos, não somos capazes; Mas, a Chama Sagrada, representante de Deus, em n ós, deve ser reconhecida.
Aquilo que deve ser zelado, precisa de nossos cuidados e de ser observado constantemente.
A Observação é como se A observássemos à distância, com o respeito que requer Quem Por Quem Zelamos e Observamos constantemente...
Para Zelarmos pela Chama Sagrada em nós, o Nosso Pensamento tem que ser observado constantemente para não incorrer em uma falha de Má Observação de Ego.
Antes de nosso Ego, está tudo ue é a Criação Divina. Dentro de Nós, existe um Ato Divino - por Esse Ato, devemos viver e nos esquecermos n'Ele.
O Mais, é Decreto d'Ele, Fiel, Justo porque foi decretado em nós e de acordo conosco.


flor de lótusflor de lótusflor de lótus


CARNE DE DEUS ENTRE NÓS

Todo Sofrimento, é a Reversão de Deus entre nós... até nos animais.
Recordo-me, no local em que eu trabalhava, de um dia uma colega de escritorio, me dizer: - Hoje vi um cão ser apedrejado na rua, porque ele teve uma convulsão... igual às que o meu cachorro tem...  as pessoas pensavam que ele estivesse com hidrofobia... ... mas a minha colega nada fez para proteger o cão...
São os grandes e os pequenos Sofrimentos, todos eles, que encerram o Sofrimento de Deus.
As pessoas indagam: - Por quê Deus consente nessas coisas? Porque, penso eu, Essas Partes de Deus em nós precisam ser aperfeiçoadas... Tudo é Deus.  Nada Existe, que não seja Ele.
Expandir e libertar o Deus que existe dentro de nós é nos Iluminarmos.
Quanto aos animais, os humanos têm que ter consciência do sofrimento que impingem neles.
Não há necessidade nenhuma de comer carne.  Não é preciso a matança de milhares de bois, milhares de carneiros, cabritos, galináceos...  até de animais do mar...
Enquanto fizerem essa crueldade a Terra terá doenças e sofrimentos.
Somos partes de Deus, revertendo n'Ele. E é por essa Reversão que toda nossa Entrega deve ser feita com o máximo de Dedicação, Reconhecimento e Amor.

flor de lótusflor de lótusflor de lótus

Colunas anteriores:
01, 02, 03, 04, 05, 06, 07, 08, 09, 10, 11,12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 29, 30, 31, 32

Coluna de Clarisse de Oliveira