Bárbara Bandeira Benevento 
Carioca,  psicóloga, solteira, 27 anos, trabalhou com deficientes visuais, é sobrinha-bisneta do poeta  Manuel Bandeira.
Leia também seu blog, no endereço: <http://www.amorracional.blogger.com.br>.  Na foto, nossa colunista com Sacha.

  Coluna 107 

"Quando se é capaz de lutar por animais, também se é capaz de se  lutar por crianças ou idosos.
Não há bons ou maus combates, existe somente o horror ao sofrimento aplicado aos mais fracos, que não podem se defender".
Brigitte Bardot
 

“Eu adoro Casaco de Vison. Não estou nem aí se mataram o Bichinho.” (***)
(Íris Bruzzi , Atriz – Jornal O Dia – 23/06/06 – Frases – Pág. 8)

"Primeiro foi necessário civilizar o homem em relação ao próprio homem. Agora é necessário civilizar o homem em relação a natureza e aos animais." - Victor Hugo

"Sinto pena de mulheres que continuam comprando casacos de pele, pois nelas faltam dois dos mais importantes requisitos para uma mulher: coração e sensibilidade." - Jayne Meadows (Atriz)

Olá queridos leitores,

Vamos pensar sobre essas citações acima? vamos refletir? Duas tão Verdadeiras e uma tão sem compaixão, por que? Por que não nos importamos? Animais são seres senscientes. Sentem fisicamente e Psicologicamente e isso é o que importa!!!

Parabéns a Blocos, pelos 10 anos de existência, principalmente à Leila e a todos que colaboram com essa revista literária virtual que tanto nos informa e nos dá vida e alegria! Cultura e Compaixão na medida certa, uma combinação perfeita!

Abraços

 

Trecho retirado do site PEA: http://www.pea.org.br

Perguntas mais freqüentes!

Crueldades com Animais

EXTRAÇÃO DE PELES

• O que há de errado em usar peles de animais?

Os seres humanos não têm o direito de  torturar e matar outras espécies. Não têm o direito de infringir, desnecessariamente, dor e sofrimento aos animais, mesmo àqueles que não estão em risco de extinção. Há milhares de anos, quando os homens ainda viviam em cavernas, era necessário usar peles de animais para garantir a sua sobrevivência. Há muito tempo não há mais necessidade do uso de peles de animais, que é uma prática pré-histórica.  No inverno, uma das funções básicas do vestuário é manter-nos aquecidos. Existem vários tecidos que cumprem esta função e não prejudicam os animais.    

• A indústria de peles é mesmo cruel?

Sim. Investigações recentes feitas em fazendas de peles nos Estados Unidos descobriram que os  métodos de criação e abate de animais são cruéis. Muitos animais são mantidos em jaulas imundas e de tamanho inadequado. Têm feridas,  fraturas expostas, infecções respiratórias e tumores cancerígenos que jamais são tratados por veterinários. Para não danificar a pele, há duas formas mais usuais de abate: a quebra da coluna cervical e a eletrocussão anal (uma ferramenta carregada eletricamente é introduzida no reto, literalmente “fritando” os órgãos internos do animal). Algumas vezes os animais ficam apenas atordoados e acordam enquanto estão sendo esfolados, sofrendo dores atrozes ainda vivos.  Animais silvestres que têm seus membros presos em armadilhas sofrem tanta dor que literalmente comem suas patas para tentar escapar. Incapazes de comer, ingerir água ou de se defender contra predadores, passam dias presos. Muitos morrem antes mesmo do caçador chegar para coletá-los. Se sobrevivem, são mortos a pauladas para que se evite qualquer dano à pele.

• Não há leis para proteger animais em fazendas de pele?

No Brasil, há principalmente criação de chinchilas e coelhos. Existem leis  que proíbem os maus-tratos aos animais, mas o governo federal não dispõe de funcionários que fiscalizem todos os estabelecimentos comerciais. Embora a caça no país seja ilegal, é relativamente comum no Norte e no Nordeste. Peles de onças, jaguatiricas e outros animais da fauna brasileira podem ser encontradas com relativa facilidade.

• Algumas marcas tentam justificar a venda de peles de coelhos dizendo que são um subproduto da indústria da carne. Na verdade, coelhos jovens são mortos pela indústria alimentícia e coelhos de idade mais avançada são sacrificados pela indústria de peles. Aliás, comer carne de coelho não é um dos hábitos regulares dos brasileiros.  A França mata mais de 70 milhões de coelhos por ano especificamente para a produção de peles. Como no caso de outros animais criados pela indústria de peles, os coelhos são mantidos em gaiolas sujas e pequenas. Passam sua vida equilibrando-se precariamente nos finos arames de suas jaulas, nunca tendo a chance de cavar, pular ou brincar  com animais de sua espécie.  Os métodos de abate são terríveis: os criadores quebram sua coluna cervical ou esmagam seus crânios antes de prendê-los pelos pés e cortar suas cabeças.

• É verdade que estão matando cães e gatos na indústria de peles?

Sim. Muitas peles vendidas como “peles de coelho” são falsas e, na verdade, pertenciam a cães e gatos mortos em países asiáticos. Estas peles de cães e gatos são rotineiramente exportadas para as Américas e a Europa. Sem um exame de DNA, é impossível saber a qual espécie pertenceram. Portanto, se você usa peles, pode ter literalmente comprado “gato por lebre”. Só uma pergunta: você usaria a pele de seu cachorro? 

• O que ocorre com as focas canadenses?

O governo canadense  autoriza anualmente o abate de focas de menos de três meses de idade sob o pretexto de “controle populacional”. As focas, alegam as autoridades, seriam uma ameaça ao bacalhau, um peixe sob ameaça de extinção. Já foi documentado por cientistas, no entanto, que as focas se alimentam basicamente de lulas, que são predadores do bacalhau. Portanto, teriam uma ação benéfica na preservação do peixe. Na verdade, os bluebacks, filhotes de menos de 12 dias mortos a marretadas, são o alvo preferido dos caçadores porque sua pele branca e macia tem alto valor comercial.  Em 2005, a cota será de um milhão de focas.

• A produção de pele sintética não é mais prejudicial ao meio-ambiente do que a de pele animal?

Não! Para evitar que se decomponham rapidamente ou se deteriorem no guarda-roupa, as peles animais são tratadas com substâncias químicas altamente tóxicas, que são despejadas em nossas terras aráveis e rios.  Para produzir uma pele de animal, é necessário 60 vezes mais energia do que para produzir um casaco de pele sintética.

• Animais criados em fazendas de pele não sofrem tanto. Afinal, nunca conheceram outra vida, não é verdade?

Errado! Os animais criados em fazendas de pele são privados de seus comportamentos instintivos básicos. Animais precisam se movimentar, esticar suas pernas, exercitar-se, limpar-se, ter estímulos e vida social. Todos os animais confinados sofrem horrivelmente e começam desde cedo a exibir comportamentos neuróticos, do tédio intenso – muitos adquirem o hábito de andar em círculos—à depressão – que leva à auto-mutilação e ao canibalismo.

• Os animais não estão melhores em fazendas do que em seus habitats naturais, onde podem morrer de fome, de doença ou pela ação de predadores?

Um argumento similar foi usado para manter os negros como escravos há dois séculos.  O sofrimento dos animais em confinamento é atroz. Em seus habitats naturais, jamais sofreriam tanto.  A selva, para os animais, é sua casa. O fato de que eles podem sofrer não é razão para garantir que sofram no cativeiro. Além disso, em seu habitat natural, os animais estão sujeitos à lei da natureza e cumprem seu ciclo natural de vida.

• Posso usar peles que herdei de meus pais ou avós?

A moda deveria ser divertida… e usar um casaco feito de pele de um animal morto há décadas é tão triste como usar uma pele produzida recentemente.  Você estará enviando a mesma mensagem para as pessoas à sua volta: a de que criar animais ou prendê-los em armadilhas para que sejam mortos e esfolados é totalmente aceitável.

• O que eu faço com meus casacos de pele?

Marque a pele com tinta vermelha e doe para um sem-teto, que poderá se proteger do frio das ruas. Doar seus casacos de pele aos necessitados também combate a idéia de que usar pele é símbolo de status e elegância. Você também pode doar suas peles para um abrigo de animais, onde servirão de forração para as camas de cães e gatos aguardando adoção.

• O que eu posso fazer para acabar com o sofrimento dos animais na indústria de peles?

Não compre peles e envie cartas e e-mails para estilistas que usam peles em suas coleções para que parem com esta prática. Deixe-os saber como você se sente sobre essa prática cruel.

• O que há de errado em ter peles de animais no guarda-roupa se usamos rotineiramente couro em nossos calçados e bolsas?

De fato, o uso de couro é muito disseminado em todos os lugares do mundo, por isso talvez seja mais difícil erradicá-lo. Já o uso de peles está restrito a uma camada da população. Mesmo assim, aos poucos, cresce a consciência de que usar couro também não é uma prática recomendável. Muita gente já adotou o hábito de substituir seus sapatos e bolsas de couro por produtos similares feitos de artigos sintéticos. Calçados podem ser feitos de tecidos, plásticos e PVC (que tem a aparência de couro).  Bolsas podem ser feitas de tecidos, palha ou couro ecológico (látex ou PVC).

• Mas vacas e bois não são mortos para virar alimento de qualquer forma?

O número de vegetarianos no mundo cresce dia a dia. O couro é um dos principais produtos derivados da pecuária e, por isso, o sucesso econômico desta atividade está diretamente ligado às vendas de couro. Se as vendas de carne de vaca e de couro caírem simultaneamente, será reduzido o número de bois, vacas e bezerros que são criados em fazendas e sofrem horrivelmente durante o abate.

• O couro sintético faz com que meus pés suem muito!

Já existem materiais sintéticos que “respiram” e são arejados, como o couro. É o caso do  Chlorenol (chamado de Hydrolite pela Avia ou Durabuck pela Nike), que é usado principalmente em calçados esportivos.  Este material pode até mesmo ser colocado em máquinas de lavar roupa.

• Couro sintético é de baixa qualidade.

Não é verdade. Muitas indústrias de calçados reconhecidas mundialmente pela qualidade de seus produtos têm linhas de calçados  e acessórios feitos com couro sintético. São elas: Asics; Birkenstock; Capezio (sapatilhas de bailarina); Converse; Diesel; Fila; Harley-Davidson; Keds; New Balance; Nike ;Puma ;Reebok e  Timberland

• A produção de couro não polui menos do que a produção de sintéticos?

A produção de couro é altamente poluente. São usados diversos produtos químicos tóxicos no tratamento da pele do animal para evitar que se decomponha. Algumas destas substâncias são: formaldeído, cianureto, cromo, alcatrão, tinturas e óleos diversos.   Estas substâncias acabam poluindo nossas terras aráveis e rios. Segundo o Center for Disease Control and Prevention (CDC), nos Estados Unidos, há maior incidência de casos de câncer em pessoas que vivem próximas a curtumes.

• O que eu faço com calçados, acessórios e casacos de couro que eu já tenho?

Muitas pessoas doam seus calçados, acessórios e casacos feitos de couro. A maioria, porém, não têm condições financeiras de se livrar de todos estes artigos de uma só vez e adquirir um novo guarda-roupa. Por isso, substituem aos poucos seus casacos, calçados e acessórios por materiais de couro sintético.  Faça o que for mais adequado para o seu orçamento e consciência. Lembre-se: muitos artigos feitos de couro sintético custam pouco e duram muito mais.

• Não tenho tempo de procurar por calçados e acessórios que não sejam feitos de couro.

Sintéticos, na verdade, são fáceis de achar. Muitas lojas de departamentos oferecem artigos feitos deste material. E o melhor: geralmente têm preços muito acessíveis, são muito bonitos e têm boa durabilidade.  Pergunte ao vendedor.

• É errado usar lã?

Não é recomendável usar nenhum tipo de vestuário confeccionado com matérias-primas derivadas de animais, como lãs e sedas. Todas as indústrias que usam animais para obter lucro geralmente se preocupam muito pouco com o seu bem-estar. A maior parte da lã vem da Austrália, onde ovelhas são criadas aos milhares. Com poucas semanas de vida, têm suas orelhas perfuradas e suas caudas removidas, sem anestesia.Os machos são castrados de uma forma cruel, quando têm entre duas e oito semanas de vida. São usados anéis de borracha que cortam o suprimento de sangue para os testículos. Este método é considerado extremamente doloroso. Muitas ovelhas morrem de exposição ao sol, frio ou chuva antes de completarem oito semanas. Muitas que sobrevivem morrem por doenças, falta de abrigo ou negligência. Para prevenir fugas, os criadores cortam grandes porções dos músculos das pernas das ovelhas, sem anestesia. Na tosa, é necessário velocidade porque os tosadores são pagos por volume. Por isso, são descuidados e produzem grandes cortes nas peles de animais. Testemunhas já relataram casos em que metade das faces das ovelhas foram arrancadas por tosadores. Se sobrevivem e ficam velhas, andam longos quilômetros a pé para serem embarcadas aos milhares em navios com destino à Ásia e África, onde são abatidas. Nas longas viagens, as ovelhas são amontoadas nos porões e privadas de alimento ou de água. O índice de fatalidades é de 10%. Em países com regulamentação pouco rigorosa de abate, são desmembradas ainda vivas.

• Seda

Para se obter seda, o bichinho que a produz é fervido vivo para se separar o fio.

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(***) Nota de Leila Míccolis: Eu também fiquei muito chocada com o e-mail que circulou na Internet com a declaração de Íris e repassei-o a várias pessoas; no entanto, domingo, dia 23/7, assisti em um canal a cabo uma entrevista com a artista, na qual ela declarava estar processando o jornal O Dia por calúnia, além de negar categoricamente a autoria dessa frase. Disse cuidar de vários bichos de estimação e frisou que essa mentira tinha o intuito apenas de denegrir publicamente sua imagem e de antipatizá-la com o público. Como é notório que há notícias veiculadas na imprensa as quais não correspondem à realidade dos fatos, que muitas delas já arrasaram com reputação de gente inocente, e que, nesse caso, não se pode apurar de que lado está a verdade, na dúvida, resolvi colocar essa ressalva, para, de alguma forma, não deixar de abrir espaço também a quem se pronuncia publicamente injustiçada.


Esta coluna é atualizada quinzenalmente, às segundas-feiras
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